BE/Açores insta executivo a divulgar relatório dos danos no hospital de Ponta Delgada
9 de mai. de 2024, 12:23
— Lusa/AO Online
Para
o líder do BE/Açores, António Lima, o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM)
deve divulgar “um relatório detalhado dos danos infraestruturais e ao
nível dos equipamentos no HDES [Hospital do Divino Espírito Santo]”.O
dirigente disse em conferência de imprensa que o executivo
açoriano também deve solicitar ao Governo da República “uma clarificação
quanto à percentagem dos custos” que se disponibiliza a pagar,
considerando as declarações recentes da ministra da Saúde na sua visita
aos Açores.“Se o Governo [Regional] não o fizer, o BE não deixará de solicitar à ministra da Saúde essa clarificação”, assumiu.António
Lima disse ainda que o executivo de coligação deve garantir uma
investigação ao incêndio, às instalações onde ocorreu e ao sistema de
segurança contra incêndios, por uma entidade independente.O
BE/Açores também instou o Governo Regional a “clarificar o que
significa o ‘novo hospital’” anunciado pelo presidente José Manuel
Bolieiro e “como terá chegado este ao prazo de dois anos para a sua
construção”, esperando que isso não signifique que o HDES ficará “com
atividade fortemente condicionada” durante esse período.Na
perspetiva do dirigente, a resposta que tem sido dada após o incêndio e
a articulação com os diferentes serviços e instituições da região “tem
sido globalmente positiva para a emergência dos primeiros dias”.Para
o partido, perante a situação excecional criada e pela declaração do
estado de calamidade pública decretada pelo arquipélago, impõe-se “que
seja concretizada a abertura de um serviço de atendimento urgente em
Ponta Delgada, no mínimo, à semelhança do que foi feito no centro de
saúde de Lagoa, que funcione preferencialmente 24 horas por dia”.Os
bloquistas também sugerem que o serviço de urgência do hospital da CUF
“seja inteiramente dedicado ao serviço público, para os casos mais
urgentes e diferenciados”, devendo o critério clínico “ser o único
critério para o atendimento”.Prolongando-se
a estadia dos doentes com insuficiência renal fora da ilha de São
Miguel, defendem, deve ser garantido alojamento “em melhores condições
do que os quartéis do Exército na Madeira - por exemplo, em hotel, como
acontece na Horta”.Garantir acompanhamento
de doentes deslocados da ilha de São Miguel, com prioridade para as
mulheres grávidas e doentes com maior dependência, é outra das
propostas.