BE/Açores diz que há "dúvidas" e "contradições" no estudo do Governo sobre toxicodependência
25 de fev. de 2019, 17:48
— Lusa/AO Online
Em
nota enviada à comunicação social, o BE “estranha também a incoerência”
do Governo dos Açores relativamente às datas da conclusão do estudo,
uma vez que o secretário regional da Saúde “diz que já foi entregue ao
Governo, mas o gabinete do secretário regional para os Assuntos
Parlamentares assume que ainda não está concluído”.O
BE/Açores recorda que a recomendação, aprovada por unanimidade no
parlamento regional, em 2017, apontava para que se realizasse uma
“caracterização da situação atual, com particular enfoque nos
consumidores, nomeadamente, quanto a escalão etário, género, situação
perante a escolaridade e o emprego, condições socioeconómicas, tipologia
e padrões de consumo e área geográfica de residência”.Em
resposta a um requerimento do Bloco, o Governo Regional justifica o
atraso com o alargamento da amostra do estudo de 1500 alunos para toda a
comunidade escolar e, caso se confirme que este estudo se cingiu apenas
a esta comunidade, “será não só uma falha grave na análise da
problemática da toxicodependência, mas um claro desrespeito pelo órgão
máximo da autonomia: o parlamento do Açores”.O
BE/Açores refere que o secretário regional da Saúde revelou que a
Universidade dos Açores entregou um estudo regional sobre os jovens e as
dependências, cujos resultados deverão ser conhecidos em fevereiro, mas
o gabinete do secretário regional adjunto da presidência para os
Assuntos Parlamentares diz que ‘a conclusão e apresentação do estudo
está prevista até ao final do primeiro semestre”.“Portanto,
em 30 de janeiro o Governo Regional diz que já está na posse do estudo e
que o mesmo será apresentado em fevereiro, mas, em 20 de fevereiro, o
executivo assume que o estudo ainda não está pronto, e que ficará
concluído durante a primeira metade do ano. Das duas uma: ou existem
dois estudos com abrangências diferentes e datas de conclusão
diferentes, ou o Governo Regional não está a cumprir um projeto de
resolução aprovado por unanimidade no parlamento”, conclui o BE/Açores.