BE/Açores diz que Governo Regional continua sem cumprir promessas com enfermeiros
13 de nov. de 2024, 09:56
— Lusa/AO Online
“O
Governo [Regional] foi muito rápido a fazer promessas aos enfermeiros,
mas continua sem as cumprir”, afirmou António Lima, que esteve
reunido com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.O
líder do BE açoriano e deputado regional referia-se ao atraso no
pagamento dos retroativos referentes às progressões na carreira, ao
atraso nos pagamentos referentes ao acelerador de progressão na carreira
desde o início deste ano e à criação de incentivos à fixação destes
profissionais no Serviço Regional de Saúde (SRS).Segundo
um comunicado do partido, de acordo com o sindicato, só aos enfermeiros
as dívidas “são já superiores a 10 milhões de euros”.“O
SRS tem dívidas a fornecedores de quase 200 milhões de euros. Resta
saber quanto está a dever aos trabalhadores”, assinalou o deputado,
citado na nota, lembrando que há outros profissionais do setor da saúde à
espera da concretização das promessas do executivo de coligação
PSD/CDS-PP/PPM.António Lima referiu que o
valor que está previsto no Orçamento Regional de 2025 para a Saúde “fica
cada vez mais curto perante uma dívida que se avoluma e que não é só
aos fornecedores é também aos trabalhadores”.O
BE açoriano criticou ainda o facto de ano após ano continuar a ser
adiada a implementação de incentivos à fixação de enfermeiros no SRS,
alertando que tal situação pode levar “a problemas de falta de
profissionais como já acontece com os médicos e com os professores”.Ainda
de acordo com António Lima, o BE vai apresentar “uma proposta de
Orçamento para que os trabalhadores com ‘contratos covid’ dos hospitais -
que estão há anos em situação precária - vejam todo o tempo de serviço
contabilizado aquando da sua integração nos quadros”.António
Lima criticou o Governo Regional “por não ter a intenção de
contabilizar o tempo de serviço que estes trabalhadores - entre os quais
estão cerca de 120 enfermeiros -, prestaram em situações tão difíceis
como a pandemia e após o incêndio” verificado no Hospital Divino
Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, no dia 04 de maio.“Apagar
o tempo em que trabalharam, em alguns casos mais de quatro anos,
durante a pandemia e na resposta à situação gerada pelo incêndio no
HDES, é absolutamente incompreensível e não pode acontecer”, salientou.