BE/Açores defende reposição de ligação marítima no grupo oriental no verão de 2023
26 de set. de 2022, 18:58
— Lusa/AO Online
Citado numa nota de imprensa, o
deputado, que esteve hoje reunido, em Vila do Porto, com a Associação
Comercial e Industrial da Ilha de Santa Maria, considera que até os
estudos sobre o transporte marítimo no arquipélago “estarem concluídos,
Santa Maria não pode continuar a ser prejudicada”.De
acordo com o parlamentar, o aumento de passageiros no transporte aéreo
“não compensou totalmente a redução dos passageiros que utilizavam o
transporte marítimo”, tendo-se registado “uma redução de quase 7% de
passageiros no período entre janeiro e agosto de 2022 em comparação com
2019".“O fim abrupto do transporte
marítimo de passageiros para Santa Maria afetou não só o turismo, mas
também o acesso à saúde. Este ano, na época alta verificaram-se enormes
dificuldades na marcação de viagens entre Santa Maria e São Miguel para
consultas, obrigando os utentes e acompanhantes a ter que prolongar a
sua estadia em São Miguel por vários dias além do necessário, à espera
de lugar na SATA, o que representa enormes custos, quer para a região,
quer para as próprias pessoas”, refere o BE/Açores na nota.Para
António Lima, a “forma como o Governo Regional tomou a decisão de
acabar com transporte marítimo de passageiros entre Santa Maria e São
Miguel, sem sequer ouvir as forças vivas da ilha, foi uma falta de
respeito" e está "a prejudicar a economia e o acesso à saúde”.O
deputado esteve também reunido com o conselho de administração da
Unidade de Saúde da Ilha de Santa Maria, tendo defendido a necessidade
de medidas que permitam a fixação de médicos e enfermeiros em todas as
ilhas dos Açores.De acordo com António
Lima, os incentivos existentes para os médicos “não funcionam como
incentivos à fixação, porque são limitados no tempo e porque não se
aplicam aos médicos que já trabalham na ilha, o que cria situações de
grande injustiça”.O parlamentar recorda
ainda que “continuam por regulamentar os incentivos à fixação de
enfermeiros”, sendo que “só com a melhoria das condições de trabalho e
de remuneração será possível atrair e manter na região os médicos e
enfermeiros em número necessário em todas as ilhas”.