BE/Açores critica impedimento de visitar escola, conselho executivo diz não receber partidos
1 de set. de 2022, 09:12
— Lusa/AO Online
“Ao longo dos 15 anos de representação do
Bloco de Esquerda no parlamento dos Açores, foi com o atual governo de
coligação PSD, CDS e PPM que, pela primeira vez, um conselho executivo
de uma escola pública recusou receber deputados eleitos
democraticamente", afirma o Bloco, em nota de imprensa. O
BE/Açores considera "inadmissível esta atitude do conselho executivo da
Escola Canto da Maia”, em Ponta Delgada (ilha de São Miguel),
descrevendo-a como “um bloqueio ao exercício democrático da oposição”.De
acordo com a estrutura partidária, os “representantes do povo, eleitos
democraticamente, têm não só o direito, mas, acima de tudo, o dever de
contactar com os responsáveis pelo funcionamento das escolas.”.“Só
assim será possível conhecer de perto a realidade de cada comunidade
escolar, para perceber os seus sucessos, as suas dificuldades e as suas
ambições, de forma a poder contribuir para uma melhor Educação. É por
isso que o Bloco de Esquerda está a realizar reuniões com conselhos
executivos de várias escolas com o objetivo de perceber como está a ser
preparado o início do próximo ano letivo”, refere.Os
bloquistas sublinham que este ano letivo tem desafios particulares,
como a falta de assistentes operacionais, a dificuldade em preencher as
vagas para professores e a introdução de novos métodos, como os manuais
digitais no 5.º e no 8.º anos.“Tudo isto
num ano marcado também por dificuldades económicas de muitas famílias e
com o regresso à normalidade no funcionamento das escolas, com o fim das
regras sanitárias aplicadas ao longo dos últimos dois anos”, diz o
BE/Açores.O presidente do conselho
executivo do estabelecimento, declarou, entretanto, à agência Lusa que a
estrutura partidária solicitou uma reunião com o conselho executivo
para o dia 29, 30 ou 31 de agosto de manhã.Miguel
Gameiro respondeu, por e-mail: "Acuso a vossa proposta de reunião, no
entanto, enquanto presidente deste órgão, nunca aceitei reunir-me
formalmente com qualquer força partidária.”O representante escolar exerce funções há 10 anos e sublinhou que durante o seu mandato "foi sempre esta a prática adotada".