BE/Açores considera “muito difícil” viabilizar Plano e Orçamento de 2023
17 de nov. de 2022, 17:43
— Lusa/AO Online
Questionado
sobre se iria responder ao repto lançado pela coligação (PSD/CDS-PP e
PPM), para que a oposição viabilize o Plano e Orçamento de 2023 face à
crise que se faz sentir, António Lima referiu que “seria muito difícil,
porque a opção em primeiro lugar é reduzir ao máximo para não se ter que
recorrer a nenhum endividamento”, sendo que, quando “primeiro estão as
contas públicas, está praticamente condenado”.António
Lima convocou a comunicação social, à delegação de São Miguel do
parlamento dos Açores, para apresentar as medidas que irá propor para
integrar Plano e Orçamento de 2023, que será apreciado em votado a
partir de segunda-feira, na Horta, ilha do Faial.O
BE/Açores propõe um aumento para 100 euros na remuneração complementar e
o seu alargamento a salários até 2.000 euros, sendo que a medida
abrange atualmente funcionários públicos com vencimentos até 1.300
euros.Aquela força política quer que o
complemento regional ao salário mínimo seja de 7,5%, propõe a criação de
um novo passe social de transporte público com o máximo de nove euros,
que abranja as zonas em detrimentos das rotas, bem como uma rede pública
de creches "universal e gratuita”.A
proposta de alteração do BE/Açores contempla também a criação de um
programa de integração de trabalhadores precários na administração
pública que “desempenham funções há mais de dois anos”, defendendo
também que os trabalhadores da área da Saúde com “contratos covid-19”
devem ser integrados.O aumento de 20% do
Complemento Regional de Pensão, o denominado “cheque pequenino”, uma
subida de 35 euros do complemento do abono de família e a criação de um
apoio ao arrendamento para estudantes do ensino superior constituem
outras das propostas.“Não temos ilusões
quanto a um orçamento que nasceu com prioridades erradas. O que nasce
torto, tarde ou nunca se endireita. Queremos, acima de tudo, apresentar
caminhos alternativos aos que a direita apresenta, com um conjunto de
propostas de alteração, não desistindo de fazer propostas consequentes
que, se aprovadas, serão importantes para as pessoas”, afirmou o
dirigente do BE/Açores.António Lima
contabilizou em “dois ou três milhões de euros” o impacto orçamental
relativo ao abono de família, em cerca de quatro a cinco milhões o
impacto do complemento de pensão, dizendo não ser possível calcular o
valor para a remuneração complementar porque “os dados não estão
publicados em lado nenhum” por parte do Governo dos Açores.