BE/Açores apresenta proposta de revisão de apoios às atividades culturais
11 de out. de 2023, 15:30
— Lusa
De acordo com uma nota de
imprensa, a iniciativa legislativa foi entregue hoje na Assembleia
Legislativa Regional dos Açores e o partido pretende dar início a “uma
verdadeira mudança na Cultura”.Citada na nota, a deputada Alexandra Manes defende que o setor “tem que ser acompanhado também por um aumento do orçamento”.Segundo
a deputada, o atual Regime Jurídico do Apoio às Atividades Culturais é
“ineficaz e tem provocado graves problemas no setor cultural em todo o
arquipélago”.Por outro lado, acrescenta, a
proposta de alteração ao regulamento que o Governo Regional
(PSD/CDS-PP/PPM) colocou em consulta pública “é apenas cosmética de
termos genéricos” e pretende “mascarar futuras incompetências ou erros
grosseiros em vez de contribuir para desbloquear as dificuldades com que
os agentes culturais se confrontam”.Alexandra
Manes salienta, por outro lado, que o regime proposto pelo Bloco
“permite a adaptação às necessidades de cada projeto, criando a
possibilidade de candidaturas a projetos anuais, bienais ou quadrienais,
quando atualmente todos os apoios são anuais”.A
proposta prevê ainda a criação de patamares de financiamento, de acordo
com a duração dos projetos, com a imposição de regras nos valores a
atribuir. De acordo com o BE/Açores, uma
das regras é que, “nos projetos anuais as candidaturas aprovadas recebem
90% do apoio antes do início do evento num único pagamento, e nos
projetos plurianuais a primeira prestação não pode ser inferior a 50% no
apoio aprovado”.Além disso, o BE defende
que os apoios até cinco mil euros tenham resposta no prazo de cinco dias
úteis e sejam pagos a 100%, numa única prestação.“Esta
é uma forma de garantir liquidez financeira aos agentes culturais de
forma a poderem avançar com os seus projetos, sem se endividarem, sem
saberem os resultados das suas candidaturas em tempo útil”, salienta
Alexandra Manes.A deputada defende ainda a
criação de uma bolsa de consultores e especialistas, constituída por um
conjunto de pessoas “com experiência ou conhecimento especializado nas
áreas artísticas ou em determinada área cultural e que se inscrevam para
este efeito”. A proposta prevê também a
criação de um canal direto entre os agentes culturais e um gabinete
capacitado para “responder a todas as dúvidas relacionados com as
candidaturas e dar apoio, em tempo útil, ao longo de todo o processo”.