BE/A diz que Governo Regional preparou o início do ano letivo “em cima do joelho”
5 de set. de 2024, 17:19
— Susete Rodrigues/AO Online
Citado em nota de imprensa, António
Lima, coordenador e deputado do BE/Açores, diz mesmo que “os
problemas que as escolas estão a enfrentar no início deste ano
letivo mostram que o governo regional andou a dormir nos últimos
meses e que preparou o início do ano letivo em cima do joelho".
Para além da falta de professores, o
deputado do BE/A, que visitou esta quinta-feira a Escola Básica
Integrada de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, refere que há também “falta de
assistentes operacionais, incerteza sobre o acompanhamento às
crianças com necessidades educativas especiais, falta de
equipamentos informáticos para utilização dos manuais digitais, e
até atrasos na autorização do governo necessária para a
finalização do concurso para a concessão do bar da escola”.
A nota do partido recorda que no
passado mês de julho, o Bloco de Esquerda levou ao parlamento “uma
proposta para acabar com a precariedade nas escolas garantindo a
integração de todos os assistentes operacionais e bolseiros
ocupacionais que são necessários nas escolas, mas os partidos da
coligação rejeitaram a proposta”. Por isso, “a precariedade nas escolas
continua”, lamentou o deputado, que criticou o recurso abusivo de
programas ocupacionais para colmatar as necessidades das escolas.
António Lima volta a defender a
criação de incentivos à fixação de professores na Região,
lembrando que esses incentivos “já estavam no programa do governo
da coligação desde 2020. O governo não implementou estes
incentivos porque não quis e agora diz que a culpa é do chumbo do
orçamento.
O coordenador do partido nos Açores
disse ainda que governo regional manteve "o alargamento das turmas
abrangidas pela utilização dos manuais escolares digitais sem haver
uma avaliação do impacto desta opção na aprendizagem das crianças
e jovens”.
De acordo com a nota de imprensa, o
parlamento açoriano, está atualmente a analisar uma proposta do
Bloco de Esquerda que propõe uma avaliação da introdução dos
manuais digitais, assim como a utilização em conjunto de manuais
digitais e manuais em papel, e que defende que ambos os formatos de
manual escolar sejam disponibilizados de forma gratuita.
A proposta defende também a
implementação de recreios livres de ecrãs do 1º ano ao 6º ano de
escolaridade.