Autor: Lusa/AO Online
A decisão poderá sair da primeira reunião do Conselho de Governadores de 2015, ano em que estas reuniões deixam de ser mensais e passam a ser de seis em seis semanas.
Para os analistas, parecem reunidas as condições para que a instituição monetária recorra desde já a esta medida, com a inflação na zona euro a passar para terreno negativo em dezembro (-0,2%), o que acontece pela primeira vez desde 2009, afastando-se cada vez mais do objetivo do BCE de ter uma inflação próxima, mas abaixo de 2%.
Este nível negativo fez ressurgir a ameaça de deflação, uma baixa prolongada do nível geral dos preços e dos salários.
No sábado, o jornal Financial Times escreveu que o BCE e a Alemanha, que tem manifestado reservas em relação a um programa de compra de dívida soberana, terão encontrado um compromisso e que o mais provável é que os bancos centrais dos países da zona euro sejam responsáveis pela dívida do seu próprio país.
O BCE já tentou por outros meios combater a inflação baixa e o crescimento débil da economia ao descer a sua taxa diretora para 0,05%, um mínimo histórico.
A instituição liderada pelo italiano Mario Draghi também anunciou empréstimos em condições mais favoráveis aos bancos e lançou um programa de compra de dívida privada.