Banco Alimentar de São Miguel serve mais 200 famílias desde início da pandemia
Covid-19
5 de mai. de 2021, 09:18
— Lusa/AO Online
Ao todo, são
distribuídos cerca de 1.700 cabazes por mês, sendo que cerca de 70%
destes cabazes dizem respeito ao programa comunitário e os restantes
provêm de donativos.Em declarações aos
jornalistas, a presidente do Banco Alimentar de São Miguel, Luísa César,
afirmou que, “no ano passado, nos meses de março e abril, quando houve
este choque” da pandemia de Covid-19, “verificou-se uma grande
necessidade por parte da população”, já que “pessoas que nunca tinham
tido necessidade, de um momento para o outro, ficaram sem rendimentos”.Os números mostram um pico de 792 sinalizações em abril de 2020, quando até ali estavam na casa das duas centenas.“O
Banco Alimentar, nessa altura, avançou – este e os outros Bancos
Alimentares do país –, através de uma iniciativa que ainda está em
funcionamento, que é a rede de emergência alimentar. Por essa via, foi
possível angariar muitos alimentos, por parte de empresas, até
particulares”.Com o agravamento da crise,
“as empresas têm dificuldades” em apoiar, mas aquela estrutura “mantém a
sua resposta, à custa dos donativos”.Luísa
César admite que o Banco Alimentar de São Miguel “tem vindo a utilizar
os seus fundos exatamente para comprar o necessário”, de forma a dar
resposta a todos os pedidos.A presidente
da direção falava aos jornalistas durante a visita do vice-presidente do
Governo Regional às instalações da organização, que este ano celebra 25
anos.Artur Lima destacou a “importância
do voluntariado” e “a importância destas instituições, quando existem
situações sociais de necessidade”, como as que a pandemia de Covid-19
veio agravar.Sobre a pobreza na região, o
governante disse que está a ser feita a “avaliação da estratégia que foi
implementada de combate à pobreza [e à exclusão social]” pelo anterior
Governo.“Tem, naturalmente, aspetos
positivos, que iremos aproveitar, e também queremos imprimir diferenças e
introduzir modificações que possam melhor servir as pessoas”, explicou.O
responsável pela tutela da Solidariedade Social lembra que se está
“numa altura de pandemia, em que não é possível fazer grandes
alterações”, uma vez que é preciso “acudir às necessidades imediatas das
pessoas”.O centrista sublinhou ainda uma
iniciativa do Banco Alimentar de São Miguel, “que é de não [só] dar o
peixe, mas também ensinar a pescar, para que as pessoas possam ter as
suas próprias hortas, cultivar os seus produtos, num projeto de
sustentabilidade que é muito importante para as famílias”.A
iniciativa tem o “compromisso do Governo também de colaborar nesta
missão, que é para o bem de todos e que é também do combate à pobreza,
ensinando as pessoas, qualificando as pessoas, porque só assim é que se
pode sair da pobreza”.Essa é, também, a
estratégia do Governo para reduzir o número de dependentes do Rendimento
Social de Inserção (RSI) na região, recorda, dizendo que este subsídio
“é uma ferramenta e um instrumento que deve ser usado para quem dele
necessita”, mas que se deve “sempre qualificar as pessoas para que dele
não venham a precisar, para que aqueles que precisem, na altura própria,
o tenham”.