Aviões radar da NATO estão a apoiar a coligação internacional no combate ao Estado Islâmico

25 de out. de 2016, 18:33 — Lusa/AO online

  "A NATO está a oferecer apoio direto à coligação internacional com os nossos aviões de vigilância aérea AWACS [Sistema aéreo de controlo e alerta], proporcionando uma perspetiva aérea maior e tornando os céus mais seguros", disse Jens Stoltenberg. Em conferência de imprensa para antecipar a cimeira de ministros da Defesa dos países da Aliança Atlântica, que começa quarta-feira, em Bruxelas, o secretário-geral da NATO adiantou que o primeiro desses voos realizou-se no passado dia 20 de outubro. O primeiro destes voos realizou-se no passado dia 20, adiantou, precisando que estas operações inserem-se em ações de apoio e vigilância "e não de combate". Questionado pelos jornalistas, Jens Stoltenberg esclareceu que os voos "vão aumentar" e "vão continuar", defendendo que contribuem para "aumentar a segurança" da coligação internacional. Para o secretário-geral da NATO, "o sucesso da coligação foi possibilitado pela capacidade" de trabalharem juntos, desenvolvida ao longo de décadas de missões e exercícios da NATO. "Comprometemo-nos a manter a força da coligação. Para que o Estado Islâmico possa ser derrotado de uma vez por todas", declarou. "Segundo disse por seu lado o embaixador norte-americano Douglas E. Lute, num `briefing´ sobre o mesmo tema no quartel-general da Aliança, os voos realizam-se a partir das bases da NATO na Alemanha e Turquia. No âmbito do combate ao Estado Islâmico, Jens Stoltenberg frisou que a NATO presta apoio à coligação internacional no combate ao Estado Islâmico "de muitas maneiras diferentes", destacando a missão, que está a ser preparada para começar em janeiro de 2017, de treino e formação de militares iraquianos no Iraque. O foco da ofensiva militar contra o Estado Islâmico está desde 16 de outubro na cidade iraquiana de Mossul, um dos bastiões do grupo extremista. Milhares de soldados iraquianos e forças Peshmerga curdas, juntamente com forças especiais da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, lançaram um ataque para tomar Mossul, ocupada pelo Estado Islâmico desde 2014. Questionado sobre o ataque, Jens Stoltenberg disse que a situação foi discutida com o primeiro-ministro iraquiano na semana passada mas recusou comentar a operação em concreto.