Avião que vai repatriar cidadãos europeus de Wuhan saiu de Beja esta manhã
30 de jan. de 2020, 11:28
— Lusa/AO Online
Esta
operação atraiu dezenas de curiosos às imediações do aeroporto de Beja
para assistirem à partida do avião, que vai tirar 350 pessoas de Wuhan,
cidade chinesa onde surgiu o coronavírus, que já matou 170 pessoas.Entre
os curiosos, estava Alexandre Gonçalves, de 34 anos, do Algarve, que de passagem pelo local aproveitou para assistir à partida do avião. “Vi
numa notícia que o avião A380 ia partir hoje [do aeroporto de Beja]
para resgatar portugueses que estão na China e achei interessante vir
[assistir à partida]”, contou à Lusa.Alexandre
disse que “ainda não tinha visto o aeroporto de Beja” e achou que a
partida do A380 “era uma oportunidade interessante para o ver” e
também considerou “interessante e importante” ser uma companhia
portuguesa a participar numa missão de resgate de europeus da China. Francisco
Catalão, de 59 anos, a viver em Beja há 32 anos, também se deslocou de propósito ao aeroporto porque teve “curiosidade” para assistir à
partida do avião. “É uma situação
importante para todos e de interesse mundial”, disse, frisando que “o
aeroporto de Beja está a ter um papel importante e relevante para a
realização desta missão”. O Airbus A380, o
maior avião comercial do mundo, partiu do aeroporto de Beja, porque,
atualmente, é o único aeroporto em Portugal capaz de o receber e é onde a
companhia Hi Fly tem uma das suas bases para estacionamento e
manutenção de linha dos seus aviões.Segundo
os dados oficiais mais recentes, quase 60% dos mais de 7.700 casos
confirmados até agora em todo o país ocorreram na província de Hubei,
onde foram registadas 162 das 170 mortes devido ao coronavírus (família
de vírus que causa pneumonias), mas há já casos em todas as províncias e
regiões autónomas do país.Além do
território continental da China, foram reportados casos de infeção em
Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados
Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália,
Canadá, Alemanha, França (primeiro país europeu a detetar casos),
Finlândia e Emirados Árabes Unidos.A
Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou para hoje o Comité de
Emergência para determinar se este surto vírico deve ser declarado uma
emergência de saúde pública internacional.