Avaria em navio que assegura abastecimento ao Corvo preocupa setor empresarial
9 de jun. de 2021, 14:57
— Lusa/AO Online
"Preocupa-nos
a diminuição da capacidade logística da empresa TMG (Transportes
Marítimos Graciosenses), que vinha já revelando dificuldades insanáveis
no âmbito do abastecimento da ilha do Corvo. A avaria, ocorrida ontem
[terça-feira], do ‘Espírito Santo’, que é a embarcação que tem
assegurado o abastecimento marítimo da ilha do Corvo, coloca ainda mais
nuvens no horizonte", refere o representante do setor empresarial, João
Pedras.Num comunicado enviado às
redações, o representante aponta que "episódios como a avaria da
embarcação que habitualmente abastece o Corvo causam enorme
preocupação", isto depois de "dois anos de inferno” para todo o setor
empresarial da mais pequena ilha dos Açores" que esteve, por duas vezes,
50 dias sem abastecimento"."Não existe
nenhuma segurança em relação ao futuro. Queremos garantias e o Governo
tem de as dar. É isso que se solicita. É isso que se exige", alerta João
Pedras no comunicado.Para o representante
do setor empresarial no Conselho de Ilha do Corvo, os empresários
locais "não aguentam mais tempo a má qualidade do serviço e a total
incerteza em relação ao futuro". "O setor
está economicamente debilitado e incapaz de atravessar outro inverno de
bloqueio e incerteza permanente", lê-se no comunicado assinado por João
Pedras, que disse ter sido aprovado por unanimidade na última reunião do
Conselho de Ilha "que o Governo Regional fosse informado do mau serviço
que está a ser realizado pelos TMG no que concerne ao abastecimento
regular da ilha" e a elaboração da informação"foi aprovada, por
unanimidade".Por isso, apela ao Governo
Regional para "agir energicamente para restabelecer a confiança no
âmbito dos agentes económicos da ilha do Corvo", alegando que os "TMG
não têm capacidade para assegurar o serviço de abastecimento marítimo"
da mais pequena ilha dos Açores."No
inverno ocorrerá, novamente, o caos e será necessário ativar meios de
socorro que representarão enormes despesas adicionais para a região. É
por isso que não se compreende a passividade do Governo Regional nesta
matéria. Não basta esperar as decisões judiciais. É preciso agir no
âmbito de uma janela temporal que se está a fechar", sustenta o mesmo
comunicado do representante do setor empresarial no Conselho de Ilha do
Corvo.