s
Médio Oriente
Autoridades de Gaza registam 240 mortos desde o cessar-fogo

Duzentas e quarenta pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde o início do cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita Hamas, em 10 de outubro, indicou o Ministério da Saúde do território palestiniano


Autor: Lusa/AO Online

De acordo com a última atualização das autoridades locais, controladas pelo Hamas, na segunda-feira deram entrada três corpos nos hospitais e um outro foi recuperado entre os escombros, e pelo menos sete pessoas ficaram feridas em ataques atribuídos a Israel.

Além dos 240 mortos, o Ministério da Saúde contabiliza 607 feridos em ataques israelitas desde o começo da trégua, enquanto 511 corpos foram encontrados nas operações de busca no território devastado por dois anos de guerra.

O número total de mortos desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano, a 07 de outubro de 2023, é agora de 68.872 e o de feridos ascende a 170.677.

A maioria das vítimas, segundo as estatísticas do ministério palestiniano, são mulheres e crianças.

Grande parte dos ataques israelitas realizados nas últimas três semanas concentrou-se perto da chamada Linha Amarela, para a qual o exército israelita recuou parcialmente ao abrigo da primeira fase do cessar-fogo.

Já hoje, um drone israelita provocou um morto e um ferido num ataque contra um grupo de pessoas a leste do bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza, uma zona dentro da Linha Amarela, segundo a agência de notícias palestiniana Wafa.

Israel alega que tem o direito de abrir fogo contra os palestinianos que se aproximam da Linha Amarela, onde as suas tropas estão posicionadas, mas muitos palestinianos desconhecem esta fronteira.

No âmbito do cessar-fogo, o Hamas entregou os últimos 20 reféns vivos que mantinha no enclave palestiniano e 20 dos 28 que estão mortos, alegando dificuldades em encontrar os corpos.

Em troca, Israel libertou quase dois mil presos palestinianos e entregou 270 corpos.

A primeira fase do acordo, impulsionado pelos Estados Unidos com a mediação do Egito, Qatar e Turquia, inclui também a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária ao território.

A etapa seguinte, ainda por acordar, prevê a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, bem como a reconstrução e a futura governação do enclave.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza que causou, a par de milhares de mortos e feridos, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.