Autoridades australianas pedem retirada de 240 mil pessoas no estado de Victoria
10 de jan. de 2020, 11:34
— Lusa/AO Online
As
temperaturas estão, esta sexta-feira, em torno de 40 graus em várias partes da
Austrália e espera-se que durante a noite as condições meteorológicas no
sudeste do país piorem, aumentando os incêndios numa zona onde já
morreram mais de uma dezena de pessoas e onde foram destruídas pelo
menos 500 casas.Segundo o instituto de
meteorologia australiano, uma frente fria está a mover-se para o centro e
para a costa leste de Victoria, provocando ventos de até 90 quilómetros
por hora.Em Victoria, estado que, em
fevereiro de 2009, viveu o pior incêndio da história da Austrália,
quando morreram 173 pessoas, foram hoje emitidos seis alertas de
emergência e três de evacuação antes do início da noite, por se
considerar que os incêndios vão colocar em risco a vida de mais pessoas.No
estado de Nova Gales do Sul, cerca de 3.300 bombeiros estão a combater
137 incêndios, dos quais 66 são considerados fora de controlo.A
mudança dos ventos provenientes do sul, que criará uma situação
errática e agravará vários focos de incêndios, colocou em risco a região
alpina, adjacente a Victoria, bem como a cidade de Coonabarabran, a 459
quilómetros a oeste de Sydney, onde se situa um poderoso telescópio
astronómico.Nas cidades de Tumut e
Tumbarumba, 411 quilómetros a sudoeste de Sydney, “alguns focos estão a
convergir”, avisou o comissário de bombeiros de Nova Gales do Sul, Shane
Fitzsimmons, avisando que “no final do dia e independentemente do que
acontecer hoje à noite, haverá conjuntos de incêndios que se vão unir e
criar grandes problemas”. Desde o início
dos incêndios na Austrália, em setembro passado, já morreram 26 pessoas,
foram queimadas mais de 2.000 casas e destruída uma área equivalente à
Irlanda. Além disso, estima-se que mais de mil milhões de animais
selvagens tenham morrido.