Autoridade de Gestão vai operacionalizar proteção das áreas marinhas nos Açores
15 de dez. de 2025, 16:07
— Lusa/AO Online
Segundo a orgânica
daquela entidade, publicada hoje em Diário da República, a Autoridade de
Gestão vai ter a competência de “executar a gestão das áreas marinhas
protegidas oceânicas e costeiras” e autorizar as atividades realizadas
naquelas áreas de “acordo com os respetivos níveis de proteção e
mediante a fixação de condições”.O decreto
legislativo estabelece a Autoridade de Gestão como um “serviço externo
do departamento do Governo Regional com competência em matéria de mar e
de pesca” a ser liderado “por inerência” pelo diretor regional de
Políticas Marítimas, Rui Martins.A
autoridade vai elaborar propostas de planos de ordenamento, “propor a
classificação e reclassificação de áreas marinhas protegidas” e a
implementação de “medidas preventivas” para o cumprimento da rede.O diploma prevê a entrada em vigor da Autoridade de Gestão em 01 de janeiro de 2026.Também esta segunda-feira, foi publicado em Diário da República o decreto que cria o
Conselho Consultivo da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores, que
vai emitir pareceres, aprovar planos anuais e relatórios de atividade,
além de “apreciar as propostas de relatórios de estado” daquela rede.O
órgão consultivo vai ser composto por representantes do Sistema de
Autoridade Marítima, da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Federação
das Pescas e do Governo Regional nas áreas do Ambiente, Ciência, Pescas e
Turismo.No conselho, vão ter lugar
representantes da “comunidade de investigadores científicos
internacionais” e de uma “organização não governamental de ambiente com
caráter internacional” (ambos indicados pelo Governo Regional).A
composição prevê, também, até três representantes da Universidade dos
Açores e um membro das “organizações não governamentais de ambiente
presentes no Conselho Regional de Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável”.O Conselho Consultivo da Rede
de Áreas Marinhas Protegidas, que vai reunir uma vez por ano de forma
ordinária, vai ser liderado pelo diretor regional das Políticas
Marítimas enquanto responsável pela Autoridade de Gestão.A 14 de novembro, o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) anunciou a
criação de um Conselho Consultivo e uma Autoridade de Gestão para gerir a
Rede de Áreas Marinhas Protegidas da região, que prevê a proteção de
30% do mar do arquipélago.O decreto
legislativo regional que adia para 2026 a entrada em vigor da nova rede
de áreas marinhas protegidas nos Açores foi publicada em 09 de outubro
em Diário da República, após uma decisão do plenário da Assembleia
Regional.Aprovada em outubro de 2024, a
Rede Regional de Áreas Marinhas Protegidas da Região Autónoma dos
Açores, que previa abranger 30% do mar do arquipélago, devia ter entrado
em vigor no dia 30 de setembro.O
parlamento dos Açores aprovou, em outubro de 2024, uma proposta
apresentada pelo Governo Regional dos Açores tendo por base um trabalho
conjunto com a Fundação Ocano Azul e a Waitt Foundation, que permitiria
aumentar para 30% as áreas marinhas protegidas (300 quilómetros
quadrados), metade dos quais em regime de “proteção total”.