Autor: LUSA/AO Online
Em declarações ao canal de televisão americano CNN, o governador do
estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, confirma as indicações que já
tinham sido referidas por alguns órgãos de comunicação social, segundo
os quais o atacante terá deixado uma mensagem, escrita em árabe, na qual
manifestará aliança ao grupo terrorista. Segundo o jornal New
York Times, a mensagem, juntamente com uma bandeira do autoproclamado
Estado Islâmico, terá sido encontrada dentro da carrinha utilizada no
ataque registado perto do memorial do World Trade Center, em Manhattan. O
atacante investiu a carrinha contra quem passava numa ciclovia
movimentada, causando pelo menos oito mortos e 11 feridos, segundo o
mais recente balanço oficial. Porém, as fontes ouvidas pelo New
York Times frisam que nada permite estabelecer uma ligação direta entre o
atacante e o autoproclamado Estado Islâmico, podendo tratar-se apenas
de um ataque "inspirado" na atuação do grupo terrorista. A
carrinha, alugada, foi depois abandonada pelo condutor, munido com duas
armas de imitação nas mãos. O homem acabou por ser detido, depois de ser
baleado no abdómen e hospitalizado. As autoridades estimam que
sobreviva. A identidade do atacante não foi divulgada oficialmente
pelas autoridades (que disseram simplesmente tratar-se de um homem de
29 anos), mas, segundo fontes citadas pela agência de notícias
Associated Press, trata-se de Sayfullo Saipov, de 29 anos, natural do
Uzbequistão, que chegou aos Estados Unidos em 2010, sendo titular de
residência permanente. Com carta de condução da Flórida, tem residência
em Nova Jérsia. Segundo o jornal New York Times, trabalhava como
motorista da Uber e já estaria no radar da polícia americana. O
ataque - o primeiro em Nova Iorque com registo de mortos desde os
atentados contra o World Trade Center a 11 de setembro 2001 – causou
oito mortos, entre os quais seis estrangeiros (uma belga, cinco
argentinos), e feriu onze pessoas (cinco das quais estrangeiras: três
belgas, uma alemã e um argentino), que estão hospitalizadas, mas fora de
perigo. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já ordenou o reforço do controlo das entradas de estrangeiros no país.