Autor: Lusa
Henrique Levy, que hoje esteve em campanha na Feira das Traquitanas, em Ponta Delgada, considerou que, “para além das temáticas que se discutem na campanha, como a habitação, a segurança, o turismo, há uma outra temática superior a tudo isto: a enorme solidão em que as pessoas vivem”.
O candidato defendeu que para combater a solidão o executivo camarário “tem de criar associações, centros de dia, atividades para os idosos”, bem como iniciativas em que estes e as crianças “possam cooperar”.
Henrique Levy considerou que a ação social da Câmara Municipal de Ponta Delgada “não existe” e defendeu a necessidade de recentrar a ação política nas pessoas, visando, por via da ação social, “retirar as pessoas da sua solidão, mas também da sua pobreza intrínseca”.
“É preciso dar às pessoas a possibilidade de comprarem os seus medicamentos e alimentos para que não tenham que fazer a opção entre alimentarem-se ou tomarem a medicação”, afirmou.
O candidato quer “mudar a relação da Câmara com os munícipes, para deixar de ser uma relação como tem sido a do atual executivo municipal”, em que prevalece a “soberba, de não ouvir ninguém, de se centrar no seu próprio umbigo e deixar ao abandono as populações”.
De acordo com o candidato, há uma “grande franja da população que vive miseravelmente”, sendo que as pessoas que vivem no meio urbano “não fazem sequer ideia do que se passa nas freguesias suburbanas e rurais”, que “foram atiradas ao ostracismo”.
São sete os candidatos à presidência da Câmara de Ponta Delgada nas eleições autárquicas de dia 12: o social-democrata e atual presidente do município, Pedro Nascimento Cabral, Isabel Rodrigues (PS/BE/PAN/Livre), Alexandra Cunha (IL), José Pacheco (Chega), Henrique Levy (CDU), Sónia Nicolau (Ponta Delgada Para Todos) e Rui Matos (ADN).
No atual executivo, o PSD (que venceu as eleições de 2021 com 48,76%) tem cinco elementos contra quatro do PS (que obteve 37,33%), enquanto na Assembleia Municipal (51 membros) os sociais-democratas têm 25 mandatos.