Atuneiros compensados por Governo dos Açores por descargas fora do porto de origem
17 de nov. de 2021, 11:22
— Lusa/AO Online
Em
declarações à Agência Lusa, Manuel São João, que se reuniu com as
direções da Federação das Pescas dos Açores e da APASA - Associação de
Produtores de Atum e Similares dos Açores, em Ponta Delgada, disse que o
encontro serviu para “cumprir aquilo que havia sido assumido no início
da safra - uma compensação para os inconvenientes resultantes das
descargas não serem feitas nos portos" devido às
obras nos entrepostos frigoríficos de Santa Maria e Faial.O
secretário regional do Mar e das Pescas referiu a 27 de agosto que “não
existiam ainda valores definidos” quanto ao montante dos apoios a
conceder aos armadores, situação que seria definida “no final da safra” e
em coordenação com a Associação de Produtores de Atum e Similares dos
Açores (APASA) e com a Federação de Pescas dos Açores.O governante explicou que foi fixado o valor de cinco cêntimos por cada quilo de
bonito descarregado pelas embarcações fora do seu porto de armazenamento.O
titular da pasta das Pescas especificou que vários atuneiros da ilha de
São Miguel foram, por exemplo, obrigados a descarregar às ilhas do Pico
e da Terceira.Tendo havido este ano uma
“safra muito abundante”, tal “criou constrangimentos, tendo em conta as
obras em simultâneo no entreposto de Santa Maria, que só ficaram
terminadas no final de setembro, e no entreposto frigorifico da Horta”.
Manuel São João salvaguardou que a FPA participou sempre em todo este
processo e “hoje foi encontrado um entendimento” sobre o valor a
praticar.De acordo com os dados
disponibilizados pelo executivo de coligação PSD/CDS-PP/ PPM, até 25 de
agosto tinham sido descarregadas nas lotas dos Açores 3.947 toneladas de
atum (voador, patudo e bonito), mais 1.464 toneladas do que em igual
período de 2021.