Atletas portugueses assumem expectativas altas para os Jogos Olímpicos
Tóquio2020
6 de jul. de 2021, 11:16
— Lusa/AO Online
Em
declarações aos jornalistas na cerimónia de apresentação de
cumprimentos da missão portuguesa para Tóquio2020, em Lisboa, o trio de
surfistas portugueses apurados – Teresa Bonvalot, Yolanda Hopkins e
Frederico Morais – vincou a sua satisfação pela estreia da modalidade na
competição olímpica e não escondeu o otimismo.“As
expectativas são as mais altas, é surfar ao máximo”, disse Teresa
Bonvalot, secundada pela felicidade de Yolanda Hopkins, que enalteceu a
“equipa completa no lado das raparigas”. Já para Frederico Morais, o
orgulho pela presença na capital nipónica é “enorme”, mas revelou que
não era um sonho que tivesse para a sua carreira anteriormente.“Não
era um sonho, porque não era uma realidade palpável, mas, uma vez que
isso se tornou possível, sem dúvida que se tornou um objetivo. Garanti a
minha vaga mais cedo, tive oportunidade de ver a Teresa e a Yolanda
garantirem as vagas e quase posso dizer que fiquei mais feliz por elas
do que por mim. Elas surfaram muito bem e deixa-me com ótimas esperanças
para estes Jogos. Tenho a certeza de que vamos lá deixar o nosso
coração”, notou.Igualmente em estreia
nesta edição dos Jogos Olímpicos está o skateboarding, no qual Portugal
será representado pelo jovem Gustavo Ribeiro, que apontou ao céu como
“limite” para os seus objetivos em Tóquio.“Nunca
sonhei que o skate fosse estar nos Jogos Olímpicos, porque desde sempre
foi levado como um desporto um pouco mais rebelde, não um real
desporto, portanto, fico muito feliz. Tenho treinado o máximo possível
para estar presente, consegui a minha confirmação e agora é trabalhar ao
máximo para conseguir uma medalha olímpica. É óbvio que vai ser
bastante difícil, mas nada é impossível. O céu é o limite e com esforço
tudo é possível”, asseverou.Para os
velejadores Diogo Costa e Pedro Costa, que competem na classe 470,
Tóquio marca também a estreia olímpica e o estatuto de vice-campeões
mundiais é um ‘cartão de visita’ que os associa a potenciais medalhas.
No entanto, os dois irmãos sabem que os ventos podem nem sempre correr
de feição e focam-se, por agora, na ‘medal race’.“Apontamos
para a ‘medal race’, a regata dos 10 primeiros que abre depois a opção
para as medalhas, e a partir daí vamos tentar aproveitar cada
oportunidade que tivermos. Vamos dar o nosso melhor”, explicou Pedro
Costa, tendo Diogo Costa garantido que a “preparação tem corrido muito
bem” e que seguem viagem para Tóquio daqui a uma semana, iniciando os
treinos em águas japonesas no dia 15.Numa
situação diferente destes atletas encontra-se o tenista João Sousa, que
em Tóquio vai assinar a sua segunda experiência olímpica, depois da
estreia no Rio2016. Para o experiente tenista português, de 32 anos, a
promessa é, simplesmente, “dar o melhor”, na sequência de um “ano
atípico” por força da pandemia.“As
expectativas são boas. É um motivo de orgulho poder representar Portugal
mais uma vez nos Jogos Olímpicos, já tive essa experiência e acredito
que para o Pedro [Sousa] seja ainda mais especial por ser a sua primeira
presença. Estamos motivados para fazer um bom resultado”, afirmou. Por
sua vez, Pedro Sousa reconheceu o “orgulho” por atingir uma meta que
tinha para a sua carreira e fixou a ambição em “tentar ir o mais longe
possível” em Tóquio.Portugal vai estar
representado por 92 atletas, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos
Tóquio2020, que vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto,
depois do adiamento por um ano, devido à pandemia de Covid-19.