Atletas devem denunciar violações de direitos humanos sem temer represálias
2 de jul. de 2024, 11:47
— Lusa/AO Online
“Eles
demonstram uma enorme coragem e devem ser apoiados. Esses atletas devem
ser apoiados e protegidos, para que possam denunciar e procurar
reparação em total segurança, sem temer represálias”, sustentou Volker
Turk, lembrando que o evento decorrerá em contexto de guerra na Europa.O
austríaco falou perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, que tem o
português António Guterres como secretário-geral, perante o presidente
do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach.“Algumas
situações são mais mediáticas do que outras: incidentes racistas ou
sexistas, agressões, violência contra mulheres, corrupção, discriminação
com base na religião, deficiência, nacionalidade ou orientação sexual e
identidade de género”, observou Volker Turk.O
Alto Comissário destacou também os progressos que tem sido feitos nesta
área, evocando a condenação de três adeptos no mês passado, em Espanha,
por ataques racistas ao futebolista internacional brasileiro Vinicius
Júnior, avançado do Real Madrid.No debate
que se seguiu, a Rússia denunciou a tentativa de “eliminar o desporto
russo e bielorrusso”, em referência à impossibilidade de os seus atletas
representarem o país nos Jogos Olímpicos Paris2024, motivada pela
invasão e consequente guerra na Ucrânia.O
representante da Ucrânia na ONU argumentou que a Rússia “já matou mais
de 450 atletas ucranianos, entre os quais campeões do mundo”, e que os
militares russos “destruíram mais de 500 instalações desportivas” em
solo ucraniano.