Astronautas que regressarem à Lua vão levar plantas e estudar como crescem sob radiação
27 de mar. de 2024, 18:54
— Lusa
O
instrumento foi um dos três selecionados pela agência espacial
norte-americana (NASA) para a missão Artemis III, prevista para setembro
2026 e com que os Estados Unidos pretendem regressar à superfície da
Lua, com a primeira mulher e o primeiro negro, depois da última alunagem
de astronautas, todos homens, em 1972.A região escolhida para a alunagem da Artemis III será o polo sul, onde haverá água gelada.Uma
vez instalados nessa região, os instrumentos científicos vão recolher
dados sobre o ambiente e o interior lunar e sobre como será possível
suportar a presença humana de longa duração na Lua, permitindo à NASA
preparar-se para o envio de astronautas para Marte.Um
dos instrumentos, segundo um comunicado da NASA, será o primeiro do
género a observar a fotossíntese das plantas, o crescimento e as
respostas ao 'stress' causados pela radiação e gravidade lunares.De
acordo com a NASA, os dados de crescimento e desenvolvimento das
plantas, a par dos parâmetros ambientais medidos pelo instrumento, irão
ajudar os cientistas a compreenderem o uso de plantas cultivadas na Lua
para a alimentação humana e o suporte de vida na sua superfície e em
Marte.A bordo da Artemis III seguirá
também um conjunto de sismómetros para monitorizar o ambiente sísmico no
polo sul lunar e caracterizar a sua estrutura geológica, em particular a
crosta e o manto.Um terceiro instrumento
irá medir a capacidade de os rególitos (detritos rochosos) propagarem um
campo elétrico, um parâmetro-chave para a procura de voláteis lunares,
especialmente gelo.Para setembro de 2025 está previsto o regresso de astronautas à órbita da Lua, no âmbito da missão Artemis II.