Associação Stop Idadismo e American Society on Aging assinalam Dia de Consciencialização sobre o Idadismo a 7 de outubro
7 de out. de 2023, 01:07
— Tatiana Ourique / Açoriano Oriental
“Vivemos numa sociedade envelhecida, o que é algo maravilhoso
e notável”, afirma a Presidente e CEO interina da ASA, Leanne Clark-Shirley,
PhD. “Mas muitos de nós encaramos o envelhecimento com medo, negação e até
hostilidade. Estamos todos a envelhecer. Não podemos dar-nos ao luxo de limitar-nos
a nós mesmos e a outras pessoas com opiniões tão negativas e prejudiciais.
Vamos aproveitar as oportunidades, a diversidade e a gama completa de
experiências que acompanham o envelhecimento.” A forma de preconceito mais
difundida e socialmente aceite- o idadismo- é definido pela Organização Mundial
da Saúde como “os estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos
sentimos) e discriminação (como agimos) em relação aos outros ou a nós mesmo
com base na idade”. As evidências mostram que o idadismo está generalizado na
sociedade e pode ser encontrado em todo o lado, desde os nossos locais de
trabalho, sistemas de saúde, instituições sociais, até aos estereótipos que
vemos na televisão, na publicidade e nos meios de comunicação social. José
Carreira, Presidente da Associação Stop Idadismo, considera ser “extremamente
importante associarmo-nos, em Portugal, ao Dia da Consciencialização do
Idadismo, a outros países que já o fazem, como é o caso do Estados Unidos, da
Austrália ou Canadá. Estamos empenhados e motivados para colocar esta
importante data no calendário nacional e europeu. Acreditamos que estas
sinergias são fundamentais para fazer a mudança que se impõe, para que possamos
promover uma cidadania ativa e garantir os direitos a todas as pessoas de todas
as idades. Esta é uma causa que diz respeito a todos nós.”Existem muitas formas de idadismo, incluindo o internalizado, o cultural ou o
implícito. Ele diminui a qualidade de vida e pode encurtar a esperança
de vida em 7,5 anos. Embora seja universal, as pessoas nem sempre levam o
idadismo tão a sério como levam outras formas de desigualdade. Esta problemática cruza-se e exacerba todos os outros “ismos” discriminatórios, como o sexismo,
racismo, capacitismo, lgbtismo… Nos meios de comunicação social, os idosos
sub-representados refletem, na maioria das vezes, estereótipos negativos e de
acordo com as Nações Unidas, à escala global, uma em cada duas pessoas é
idadista. “A American Society on Aging e os seus membros, parceiros e aliados
estão a aumentar a consciencialização sobre idadismo e os seus danos”,
acrescenta Clark-Shirley, “para que cada um de nós possa tomar medidas para
mudar a forma como nos sentimos e agimos em relação ao envelhecimento. Eu
espero que você se junte a nós!" American Society on Aging A American
Society on Aging une, capacita e defende todos os que trabalham no
envelhecimento. Desde 1954, a ASA desenvolveu e liderou a maior e mais diversificada
comunidade de profissionais que trabalham na área do envelhecimento na América.
Como resultado, a ASA tornou-se a fonte de referência para cultivar a
liderança, promover o conhecimento e fortalecer as competências dos seus
membros e de outras pessoas que trabalham com e em nome das pessoas idosas.