Associação Representativa dos Polícias extinguiu-se e fundiu-se com o SINAPOL
26 de jul. de 2024, 17:37
— Lusa/AO Online
Em
declarações à Lusa, Armando Ferreira explicou que a fusão da ARP com o
SINAPOL ficou consolidada no dia 22 de julho e é o culminar de “um
detalhado processo de fusão entre sindicatos”, que faz com que os cerca
de 200 associados da ARP passem a ser “associados do SINAPOL de pleno
direito”.O responsável disse que o
Sindicato Nacional da Polícia fica agora com cerca de 2 mil associados e
sublinhou a importância deste momento “inédito”, uma vez que “um dos
grandes problemas no movimento sindical da Polícia de Segurança Pública
(…) é a enorme quantidade de sindicatos” que existe que, segundo Armando
Ferreira, são 18 ou 19.O sindicalista
explicou que desse grupo de sindicatos só seis são representativos e que
a ARP era um dos sindicatos que não era reconhecido pelo Governo para
efeitos de negociação.Armando Ferreira
adiantou que a questão da representatividade levou a que começasse a
haver conversas entre alguns sindicatos sobre a possibilidade de se
reagruparem em vez de se dividirem.Afirmou
ter esperança de que “em breve, mais estruturas sindicais venham a
adotar a mesma posição” da ARP e revelou que o SINAPOL “já foi abordado
por outras estruturas” sindicais, escusando-se a revelar quais.“Já
existem contactos com outras estruturas sindicais para nos juntarmos e
darmos uma dimensão sindical mais forte ao movimento sindical na Polícia
de Segurança Pública”, afirmou.Acrescentou que a lógica e o objetivo é fazer “o caminho inverso daquilo que foi feito até agora, que era pela divisão”.“Neste
momento, começa-se a caminhar pela união”, assegurou Armando Ferreira,
afirmando que o SINAPOL passa a ser um “sindicato verdadeiramente
forte”.Segundo o sindicalista, esta fusão
entre os dois sindicatos já foi devidamente comunicada ao Ministério do
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e os procedimentos
administrativos cumpridos, além da devida comunicação à PSP e às
polícias municipais de Lisboa e Porto.Apesar
da extinção da ARP, o sindicalista assegurou que a Associação
Representativa dos Polícias não será esquecida, passará a fazer parte da
história do SINAPOL e está previsto que a bandeira do sindicato seja
emoldurada e exposta nas instalações do SINAPOL, não só porque “faz
parte da história do sindicalismo”, mas “porque é a primeira vez que um
sindicato dá um passo para a união”.Armando
Ferreira aproveitou para apelar a outros sindicatos que também não são
representativos que “repensem a sua estratégia” no sentido de dar o
mesmo passo que a ARP, seja com o SINAPOL ou com outro dos seis
sindicatos com poder negocial.Defendeu
ainda que é importante dar credibilidade ao movimento sindical e que
seja feita uma reflexão sobre se de facto é necessário haver “tantos
sindicatos na Polícia de Segurança Pública”.