Associação espera conseguir esterilizar todos os gatos errantes da ilha das Flores
12 de mar. de 2024, 18:25
— Lusa
“Em
maio de 2024 estamos de volta à ilha das Flores com o objetivo de
conseguir os 100% de esterilizações, controlando assim o número de
nascimentos de gatos errantes naquela ilha”, adiantou a diretora
executiva da associação, Sofia Róis, citada em comunicado de imprensa.Com
presença regular na ilha de São Miguel há 10 anos, a Animais de Rua
esteriliza animais abandonados para que não se reproduzam, trata-os
quando estão doentes e alimenta-os.Em
2023, a associação deslocou-se pela primeira vez à ilha das Flores, a
mais ocidental dos Açores, em duas campanhas de intervenção, que
ocorreram a pedido dos municípios da ilha.Nas
duas campanhas, que decorreram em maio e setembro de 2023, foram
capturados, esterilizados e devolvidos ao seu meio 783 animais, o que a
associação estima que seja “cerca de 75% da população de gatos errantes
da ilha”.“A implementação destes programas
de esterilização é essencial para o controle da natalidade das
populações de animais errantes, principalmente em ecossistemas
insulares, onde com poucas intervenções, com megacampanhas e equipas
multidisciplinares se conseguem resultados excecionais”, salientou Sofia
Róis.“Este exemplo na ilha das Flores
pode facilmente ser replicado nas restantes ilhas do arquipélago onde
não existem ainda campanhas de esterilização em massa, que possam
reduzir drasticamente todos os problemas associados ao descontrole
populacional dos gatos errantes”, acrescentou.As
duas campanhas “foram realizadas por uma pequena equipa de 10 elementos
entre membros da Animais de Rua e elementos dos Veterinários sem
Fronteiras”, que, segundo a diretora executiva da associação, “num curto
espaço de tempo conseguiram resultados extraordinários”.Foram
ainda ministradas formações aos funcionários dos departamentos de
bem-estar dos municípios das Lajes e de Santa Cruz das Flores sobre boas
práticas em matéria de bem-estar animal.A
associação Animais de Rua esteriliza, alimenta e trata milhares de
animais, contando com seis núcleos de atuação em todo o país, incluindo
um na ilha de São Miguel, nos Açores.