Associação dos Açores defende reforço da educação ambiental
4 de jun. de 2024, 16:46
— Lusa/AO Online
"É
necessário reforçar os esforços da educação ambiental para todos, no
sentido de ser alcançada uma maior e mais rápida mudança de hábitos.
Estes não se conseguem alterar com maus exemplos, nem com o comodismo e
laxismo de autoridades que cedem à ignorância atrevida", lê-se numa
mensagem a propósito do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala na
quarta-feira.A Associação considera que
"são cada vez mais urgentes e necessárias as decisões que contrariem os
problemas causados ao ambiente pela ação humana".A APPAA alerta que também que a região é atingida por "fenómenos meteorológicos cada vez mais graves e frequentes"."O
corte de espécies invasoras, nos taludes e linhas de água, visa
prevenir consequências mais graves das inundações e enxurradas. No
entanto, tal continuará a ser insuficiente se não houver reforço dos
meios humanos e materiais e a adesão da população", sublinha a
Associação.A defesa do ambiente permite
que "os principais setores económicos - pecuária, pescas, agricultura e
turismo - terão o seu futuro garantido com um ambiente saudável e
equilibrado", acrescenta.A Associação para
a Promoção e Proteção do Ambiente dos Açores assinala como "uma
evolução positiva", nas políticas públicas, as ações para alcançar a
neutralidade carbónica, na gestão dos resíduos, no ordenamento do
território e incentivo à economia circular."O
bom exemplo da proibição do uso de clorofluorcarbonetos, tem resultado
na diminuição do “buraco do ozono”. Porém, o problema causado pelo uso
de combustíveis fósseis continua a agravar-se, apesar do desenvolvimento
das energias alternativas", é referido na nota enviada às redações.São
também "positivas as inovações" introduzidas na pecuária, que "reduzem o
impacto no ambiente, nomeadamente na emissão de gases com efeito de
estufa".Outro "bom exemplo será a produção
agrícola diversificada com a utilização de plantas repelentes de pragas
e, mais recentemente, o recurso a produtos fitossanitários usados na
agricultura orgânica", explica ainda a APPAA.No
entanto, mantém-se na região "o uso evitável de plástico não
reutilizável de embalagens e noutras utilizações, como em decorações
para festas, ou mesmo em manifestações em defesa do ambiente", aponta a
Associação, que critica ainda a 'batalha' de plásticos que ocorre pelo
carnaval em Ponta Delgada", na ilha de São Miguel.No
turismo, a Associação defende a necessidade de "corrigir aspetos
negativos" na forma como é feita a subida à Montanha do Pico ou "os
formatos definidos" para aceder aos miradouros da Lagoa do Fogo e ao
Ilhéu de Vila Franca do Campo, pontos turísticos da ilha de São Miguel."A
definição e a defesa de áreas protegidas, em terra e no mar, e a sua
defesa não devem ser vencidas pelas pressões que surgem com o pretexto
de prejudicarem a sustentabilidade económica. Pelo contrário, cada uma
das restrições garante a segurança das pessoas e bens, a manutenção do
habitat das espécies e a sua conservação", justifica.A
APPAA refere ainda que o "uso dos derivados de petróleo, nomeadamente
para o fabrico de plásticos, continua a causar graves prejuízos",
alegando que a reciclagem "não resolve tudo".