Associação de Turismo dos Açores com passivo de 1,5 ME em 2018
30 de abr. de 2019, 09:33
— Lusa/AO Online
Carlos
Morais, presidente da Assembleia Geral da ATA, que é o único candidato à
presidência da direção da associação, a 09 de maio, remete explicações
para a direção demissionária, mas salvaguarda que pretende futuramente
fazer face a este passivo, se for eleito, na sequência de diálogos com o
Governo Regional que pretendem “resolver este e outros assuntos” com
base nas “boas sinergias” existentes entre ambas as partes.O
Governo Regional dos Açores foi um dos sócios fundadores da ATA,
tendo-se retirado, entretanto, bem como o grupo SATA, outro dos sócios
fundadores.“Está a ser discutido um
contrato-programa para fazer face a estas situações e é este documento
que neste momento se está a estudar e que gostaria que estivesse
concluído antes do ato eleitoral de 09 de maio”, declarou Carlos Morais.Questionado
sobre como agirá a ATA se o Governo Regional não assumir os 1,5 milhões
de passivo, Carlos Morais referiu que “o que está neste momento em cima
da mesa, embora não por escrito, é que a partir do momento que exista
uma nova direção eleita e empossada, o executivo está disposto a
resolver”.A PJ realizou a 27 de fevereiro
buscas por suspeitas de “fraude para a obtenção de subsídio, peculato,
falsificação de documentos e participação económica em negócio" na
Associação Turismo dos Açores, tendo o presidente do organismo sido
constituído arguido.Em comunicado, o
Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada da Polícia
Judiciária (PJ) explicou que na operação foram "realizadas, no concelho
de Ponta Delgada, cerca de 20 buscas a empresas, residências e viaturas,
que permitiram a apreensão de abundantes elementos com interesse
probatório, entre os quais documentação contabilística, faturas,
contratos, pagamentos, relatórios de execução de projetos, dados
informáticos e correio eletrónico"."Foram
constituídos cinco arguidos, entre eles o presidente da instituição em
causa […] e uma responsável de departamento, sua familiar, os quais são
suspeitos de, articuladamente e em conluio com outras pessoas”, terem
“atuado ao longo de vários anos à margem das regras relativas à
contratação pública, com vantagens pessoais e para terceiros",
acrescentou a polícia.