Associação de Paralisia Cerebral de S.Miguel abre ludoteca com apoio PT

15 de dez. de 2008, 14:49 — Lusa/AO Online

  A criação da ludoteca insere-se no âmbito do projecto Estrela da Fundação Portugal Telecom (PT), que através de parcerias com todas as Associações de Paralisia Cerebral do país, permite disponibilizar soluções tecnológicas específicas.     A presidente da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel adiantou à agência Lusa que a Ludoteca vai dispor de seis computadores, cedidos pela Fundação PT, com programas específicos e adaptados para crianças e jovens com paralisia cerebral.     "É um espaço privilegiado para que estas crianças e jovens possam treinar a sua comunicação e actividades lúdicas, permitindo um percurso escolar e social normal", sustentou Teresa Mota, acrescentando que a valência representa "uma primeira resposta" no apoio às famílias, que não tinham onde deixar os filhos.     Segundo a responsável, a ludoteca vai funcionar diariamente das 15 às 18:30 horas, para crianças menores de 16 anos, mas poderão permanecer durante todo o dia no espaço, durante as férias escolares, caso os pais necessitem.     Além dos computadores, a ludoteca está também equipada com jogos adaptados e no espaço será também possível "desenvolver intervenções individuais junto de cada criança, evitando que os pais andem a correr de um lado para o outro", sublinhou.     Criada em 2005, a Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel intervém directamente junto de cerca de 30 crianças e jovens, com uma equipa multidisciplinar de fisioterapia, terapia da fala, psicologia e uma educadora de ensino especial.     A associação arrancou com um protocolo com o Instituto de Acção Social para a contratação daqueles técnicos, mas "falta ainda um terapeuta ocupacional e uma assistente social".     Com mais de 150 sócios, a instituição funciona num espaço alugado e "sonha" criar um centro de reabilitação.     "Num primeiro passo temos prioridade à ludoteca, mas pretendemos criar este centro com todas as valências", afirmou Teresa Mota, frisando a importância de uma intervenção multidisciplinar junto de crianças e jovens com paralisia cerebral.