Associação avisa para risco de fecho de empresas florestais devido à paragem
Incêndios
12 de jul. de 2022, 12:46
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, a ANEFA lembrou que as empresas atravessam “graves
dificuldades”, devido ao aumento dos preços dos combustíveis e dos
custos de produção, e, por isso, “não conseguirão suportar qualquer
paragem”, como a que está a ser imposta devido à vaga de calor e elevado
risco de incêndio, “sem que haja uma compensação”.“Terá
quem nos governa a noção de que se nada se fizer, corremos o risco de
metade das empresas florestais já não existirem no final deste verão?
Estamos a falar de pelo menos 1.000 empresas de forma direta, que
empregam no mínimo, cerca de 8.000 pessoas”, vincou a associação.A
ANEFA contestou a decisão do Governo, por proibir a circulação e a
realização de trabalhos em espaços florestais e rurais, lembrando que,
em 2020 apresentou um conjunto de propostas, que visavam “ajudar a
aprender a viver com esta realidade, sem que se tomassem medidas cegas
em relação a quem trabalha nas áreas florestais”, mas apenas “meia
medida” foi espelhada em decreto-lei.“Afastam-se
indiscriminadamente as empresas que, habituadas ao seu território, que
conhecem melhor do que ninguém, contribuem de alguma forma para a
remoção do combustível presente nos locais e que quase sempre constituem
parte da primeira intervenção”, defendeu a associação.Para
a ANEFA, “é óbvio que há trabalhos que, pela sua natureza, têm de
parar”, para diminuir o risco de incêndio, “mas também é óbvio que há
trabalhos que até ajudam na redução do risco de incêndio, através da
remoção de combustível ou da limpeza das áreas associada às preparações
de terreno”.