Assinado protocolo para ativar novo Programa Capital Participativo Açores
8 de out. de 2025, 15:04
— Lusa/AO Online
O protocolo foi
assinado na terça-feira, em Ponta Delgada, refere
a instituição bancária em comunicado de imprensa.Segundo
a presidente da comissão executiva do novobanco dos Açores, Marta
Guerreiro, este “acordo de coinvestimento e intermediação de crédito
permitirá a comercialização do Programa Capital Participativo Açores II,
colocando ao dispor do tecido empresarial açoriano um apoio de maior
dimensão, que pode ser determinante para as suas opções de
investimento”. “Cada operação pode ter um
montante mínimo de 250.000 euros e máximo de 10.000.000 euros por
beneficiário”, explica a responsável, citada no comunicado.O instrumento tem prazos de maturidade que podem ir até 30 de junho de 2031. "O banco participa sempre com pelo menos 30% do capital mutuado, sendo a restante percentagem do Fundo”, lê-se ainda.Marta
Guerreiro acrescentou que os Programas de Capital Participativo se
distinguem do financiamento tradicional “pela sua natureza de
instrumento de quase capital, permitindo a melhoria do rácio de
autonomia financeira das empresas", um elemento "muito relevante na
melhoria da avaliação de risco" e "no acesso a fundos comunitários".“Foi
desenhado para ser ágil, transparente e adaptado às necessidades das
empresas, promovendo o acesso rápido a fundos de capitalização, com
acompanhamento próximo e rigoroso, e respeitando as melhores práticas de
análise de risco e conformidade, não deixando de ser bastante atrativo
no que respeita ao preço”, sublinhou.O novo banco dos Açores "é a única instituição que aderiu a este
protocolo", sendo "o parceiro exclusivo na sua comercialização".Para Marta Guerreiro, este facto "reforça o compromisso do banco com a região e com as suas empresas”.Lançado
pelo Governo Regional dos Açores, entidade detentora do Fundo de
Capitalização das Empresas dos Açores (FCEA), este programa destina-se
"a efetuar operações de investimento/financiamento direto em
beneficiários finais, em coinvestimento com investidores privados", de
acordo com informação disponibilizada na página do Banco Português de
Fomento.O programa visa, entre outros
objetivos, promover a entrada em mercado e o crescimento/expansão de
empresas viáveis, reforçar a solvência das empresas nos Açores,
contribuir para a solução do problema de subcapitalização do tecido
empresarial da região e colmatar a falha de mercado no que diz respeito a
acesso a instrumentos financeiros por parte de empresas com sede e
atividade no arquipélago.Tem ainda como objetivos apoiar a consolidação empresarial e promover a resiliência financeira do tecido económico açoriano.A
assinatura do protocolo contou com a presença do secretário regional
das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, do
presidente da comissão executiva do Banco Português de Fomento, Gonçalo
Regalado, e do presidente do conselho de administração do novobanco dos
Açores, Gualter Furtado.