Autor: Lusa/AO Online
O protocolo foi assinado na terça-feira, em Ponta Delgada, refere a instituição bancária em comunicado de imprensa.
Segundo a presidente da comissão executiva do novobanco dos Açores, Marta Guerreiro, este “acordo de coinvestimento e intermediação de crédito permitirá a comercialização do Programa Capital Participativo Açores II, colocando ao dispor do tecido empresarial açoriano um apoio de maior dimensão, que pode ser determinante para as suas opções de investimento”.
“Cada operação pode ter um montante mínimo de 250.000 euros e máximo de 10.000.000 euros por beneficiário”, explica a responsável, citada no comunicado.
O instrumento tem prazos de maturidade que podem ir até 30 de junho de 2031.
"O banco participa sempre com pelo menos 30% do capital mutuado, sendo a restante percentagem do Fundo”, lê-se ainda.
Marta Guerreiro acrescentou que os Programas de Capital Participativo se distinguem do financiamento tradicional “pela sua natureza de instrumento de quase capital, permitindo a melhoria do rácio de autonomia financeira das empresas", um elemento "muito relevante na melhoria da avaliação de risco" e "no acesso a fundos comunitários".
“Foi desenhado para ser ágil, transparente e adaptado às necessidades das empresas, promovendo o acesso rápido a fundos de capitalização, com acompanhamento próximo e rigoroso, e respeitando as melhores práticas de análise de risco e conformidade, não deixando de ser bastante atrativo no que respeita ao preço”, sublinhou.
O novo banco dos Açores "é a única instituição que aderiu a este protocolo", sendo "o parceiro exclusivo na sua comercialização".
Para Marta Guerreiro, este facto "reforça o compromisso do banco com a região e com as suas empresas”.
Lançado pelo Governo Regional dos Açores, entidade detentora do Fundo de Capitalização das Empresas dos Açores (FCEA), este programa destina-se "a efetuar operações de investimento/financiamento direto em beneficiários finais, em coinvestimento com investidores privados", de acordo com informação disponibilizada na página do Banco Português de Fomento.
O programa visa, entre outros objetivos, promover a entrada em mercado e o crescimento/expansão de empresas viáveis, reforçar a solvência das empresas nos Açores, contribuir para a solução do problema de subcapitalização do tecido empresarial da região e colmatar a falha de mercado no que diz respeito a acesso a instrumentos financeiros por parte de empresas com sede e atividade no arquipélago.
Tem ainda como objetivos apoiar a consolidação empresarial e promover a resiliência financeira do tecido económico açoriano.
A assinatura do protocolo contou com a presença do secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, do presidente da comissão executiva do Banco Português de Fomento, Gonçalo Regalado, e do presidente do conselho de administração do novobanco dos Açores, Gualter Furtado.