Assinado acordo para investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028
Montijo
8 de jan. de 2019, 16:32
— Lusa/AO Online
Este valor inclui a
extensão da atual estrutura Humberto Delgado (aeroporto de Lisboa) e a
transformação da base aérea do Montijo, que recebeu a cerimónia de
assinatura, em aeroporto civil, cujo início de funcionamento está
previsto para 2022.Para o primeiro ano de funcionamento do novo aeroporto estão previstos sete milhões de passageiros.Marcaram
presença na cerimónia de assinatura do acordo o primeiro-ministro,
António Costa, e vários elementos do Governo, o responsável máximo da
Vinci, Xavier Huillard, e o presidente da Vinci Aeroportos, Nicolas
Notebaert.A assinatura ocorreu quando ainda não foi entregue o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pela ANA.O
acordo vinculativo entre a ANA e o Estado estava previsto para outubro,
segundo o calendário do memorando de entendimento, que indicava ainda o
final de 2018 para a gestora dos aeroportos entregar os elementos
adicionais que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) requereu para o
EIA.No plano
partidário sobre a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, o
Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) agendou para quinta-feira um debate
no plenário da Assembleia da República para discutir a decisão do
Governo de construir um aeroporto complementar ao de Lisboa, no Montijo,
sem o EIA.O
PSD já tinha feito saber que iria chamar o ministro da Defesa e o chefe
do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa (FAP) ao parlamento para
prestarem esclarecimentos.Na
semana passada, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins,
manifestou “enorme perplexidade" pelo facto de a assinatura do acordo
para o novo aeroporto do Montijo ter sido agendada sem ser conhecido um
estudo de impacto ambiental.Já
o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou o Governo de
pretender “um apeadeiro” e um “aeroportozinho” no Montijo para
“beneficiar um grande grupo económico”, considerando que, “nesta pressa"
e "correria, até as questões ambientais vão”.