Assembleia Municipal aprova orçamento de 54,6 ME para Câmara de Ponta Delgada
26 de nov. de 2019, 10:14
— Lusa/AO Online
Os deputados municipais votaram em separado o
orçamento para a Câmara, que reuniu o voto favorável da bancada
social-democrata, contra do Bloco de Esquerda e abstenção do PS, e o
orçamento dos Serviços Municipalizados, aprovado com a abstenção do PS e
do BE, e o voto favorável do PSD.No
total, o orçamento do município soma mais de 54,6 milhões de euros, dos
quais 42,2 milhões dizem respeito ao Orçamento da Câmara Municipal, e os
restantes 12,3 milhões são alocados aos Serviços Municipalizados de
Água e Saneamento (SMAS), sem grande variação em relação ao orçamento do
ano anterior.O Partido Socialista optou
por uma abstenção “não obstrutiva, mas construtiva”, afirmou o deputado
municipal André Viveiros, que diz respeitar “quem ganhou as eleições [o
PSD] e que quem é responsável pelas matrizes dos planos e orçamentos é
quem ganhou as eleições”, mas sublinhou a participação socialista na
elaboração do documento hoje aprovado. Na
declaração de intenção de voto, a deputada Vera Pires, do Bloco de
Esquerda, justificou o voto contra afirmando que “falta uma estratégia
integrada de desenvolvimento sustentável para a cidade e o concelho”,
destacando a mobilidade, a política municipal de habitação, a gestão de
resíduos e a ação social como áreas em que o documento é deficitário.Já
o autarca social-democrata, José Manuel Bolieiro, realça que este é um
orçamento que volta a apostar nas funções socioeducativas, para as quais
estão reservadas verbas superiores a seis milhões de euros, uma aposta
evidenciada pelo investimento no parque escolar do concelho, destacando
as obras nas escolas básicas de São Pedro e dos Fenais da Luz, mas
também pelo processo de integração de trabalhadores da autarquia com
vínculos precários, considerou.Para a
Câmara Municipal, o documento prevê que a receita corrente seja de 35,3
milhões de euros e a receita de capital de 6,9 milhões de euros, sendo
que a despesa corrente deverá ascender a 30,9 milhões de euros e a
despesa de capital a 11,3 milhões.Quanto a
impostos, matéria em que os partidos da oposição se abstiveram, não há
alteração em relação aos anos anteriores, mantendo-se a taxa de derrama
de 1,5%, com isenção para volume de negócios abaixo de 150 mil euros, e a
taxa mínima de 0,3% de IMI para a generalidade dos prédios urbanos, com
possibilidade de redução conforme o número de dependentes. O
Plano Plurianual de Investimentos do Município 2020-2023 prevê um valor
global de 12,3 milhões de euros, dos quais 9,2 milhões são para a
autarquia e os restantes 3,1 são para os SMAS, e o Plano de Atividades
Mais Relevantes 2020-2023 está orçado em 11,6 milhões de euros.