Assembleia dos Açores cria Prémio Literário Vitorino Nemésio
6 de out. de 2023, 11:34
— Lusa/AO Online
No
projeto de regulamento, a comissão de Assuntos Sociais do parlamento
açoriano decidiu “instituir o Prémio Literário Vitorino Nemésio, de
periodicidade anual, com o propósito de homenagear o poeta e escritor
açoriano, perpetuar o seu nome no tempo e incentivar a criação literária
em língua portuguesa”, segundo a publicação em Jornal Oficial.A
Assembleia Legislativa considera Vitorino Nemésio, natural da ilha
Terceira, como “um dos expoentes máximos da cultura portuguesa”, que
“elevou sobremaneira a cultura e a história das ilhas dos Açores,
enquanto poeta, romancista, cronista, académico e intelectual
brilhante”.“A sua obra espelha a essência
da açorianidade, palavra que o autor criou e que hoje representa, de
forma universal, o conceito de ser açoriano ou relativo à cultura e
história dos Açores, sendo também usada para exprimir o sentimento de
afinidade ou amor pelos Açores”.No projeto
de regulamento do prémio, que está submetido a consulta pública durante
os próximos 30 dias, lê-se que o “prémio a atribuir ao vencedor será a
publicação de até 300 exemplares da obra vencedora, constando na
respetiva edição a referência ao prémio”.O vendedor vai ter ainda “direito a 10% dos direitos de autor da edição da obra”.Vão
ser aceites a concurso “obras de ficção, nomeadamente romance, novela e
conto, e obras de poesia”, sendo que em cada edição o prémio será
“direcionado para um ou mais géneros a definir anualmente” pela
Assembleia Regional.Entre os critérios de
avaliação propostos está a “originalidade das temáticas desenvolvidas”, o
“domínio da língua portuguesa e correção gramatical”, a “coerência
literária” e a "vivacidade da trama”.Vitorino Nemésio, poeta, professor universitário e romancista, nasceu na Praia da Vitória em 1901 e morreu em Lisboa em 1978.Na
sua carreira destaca-se o romance “Mau Tempo no Canal” (1944), as obras
de poesia “Eu, Comovido a Oeste” (1940) ou “O Verbo e a Morte” (1959) e
o livro de crónicas “Corsário das Ilhas” (1956).