Assembleia da República não criará obstáculos a uma rápida resposta
Incêndios
16 de ago. de 2018, 14:30
— Lusa/AO Online
Ferro
Rodrigues deu esta garantia em declarações aos jornalistas à porta da
Câmara de Monchique, no final de uma reunião entre deputados da Comissão
Parlamentar de Agricultura, autarcas e entidades responsáveis pela
reposta aos prejuízos do fogo.“A
minha presença aqui como presidente da Assembleia da República tem três
objetivos principais, o primeiro é manifestar a solidariedade de toda a
AR e de todos os deputados com as populações, com os autarcas, com
aqueles que sofreram consequências e tiveram grandes perdas com este
incêndio terrível que lavrou durante muito tempo na serra de Monchique”,
afirmou Ferro Rodrigues.O
presidente do parlamento manifestou depois a “gratidão extrema” a
“todos os corpos que estiveram envolvidos no combate” ao fogo “em
condições extremamente adversas”, mas que “conseguiram salvar bens,
salvar pessoas”. “O
terceiro objetivo era para explicitar, junto dos responsáveis aqui pela
recuperação de pessoas, de famílias, de habitações e das condições da
serra de Monchique, que a Assembleia da República está totalmente
disponível para apoiar este esforço. É algo que é consensual entre os
vários grupos parlamentares aqui presentes e que certamente não será
pela Assembleia da República que haverá qualquer obstáculo a que o
Governo seja rápido na resposta no terreno e para que haja capacidade de
apoio àqueles que perderam património e rendimentos”, assegurou.Questionado
sobre o que considera ser mais urgente na resposta a dar às populações,
que atingiu também os concelhos vizinhos de Portimão e Silves, também
no distrito de Faro, Ferro Rodrigues respondeu que “urgente é responder à
solicitação das pessoas que perderam casas e que estão ainda em
situação difícil no seu dia-a-dia”.“Felizmente
são em número relativamente limitado, mas de qualquer maneira cada caso
é um caso”, acrescentou, reiterando que “aqueles que perderam a
primeira habitação têm que ser o primeiro objetivo”.Depois será também necessário, considerou, dar “apoio à reposição de rendimentos” e “à recuperação do património florestal”.“E
também a questão de haver aqui uma oportunidade, depois desta crise,
para uma reestruturação florestal que os senhores presidentes das
Câmaras de Monchique, Silves e Portimão vão coordenar, juntamente com o
Governo, é extremamente importante”, disse ainda Ferro Rodrigues, numa
referência ao plano de restruturação da serra de Monchique que o Governo
lançou e que será dirigido pelo presidente da Câmara de Monchique, Rui
André. Ferro
Rodrigues mostrou-se ainda compreensivo com “o pesar e a dor muito
grande que muitas populações que foram atingidas nos seus bens”.Contudo,
realçou que Monchique “continua a ser o ‘pulmão’ do Algarve” e a ter
zonas “fundamentais, como as Caldas de Monchique, que se mantêm como a
‘joia da coroa’ de Monchique e não foram atingidas”.“Monchique
continuará por muitos e bons anos a ser um destino importante tanto do
turismo interno como do turismo estrangeiro para Portugal”, considerou.