Assembleia da República admite medição da temperatura à entrada
16 de set. de 2020, 14:45
— Lusa/AO Online
Um dos temas abordados na
conferência de líderes foi o “plano de contingência da
Assembleia da República em tempo de covid-19 e as medidas a tomar, de
modo a reforçar a segurança de todos aqueles que aqui trabalham e
circulam”, disse aos jornalistas a porta-voz, Maria da Luz Rosinha.“Está-se
neste momento a equacionar a possibilidade da avaliação da temperatura
corporal a todos aqueles que aqui trabalham”, especificou a socialista.Nesta
reunião, destinada “a assuntos diversos” e “não a agendamentos”, os
líderes parlamentares definiram também os tempos das grelhas para
debates em comissão e em plenário, acrescentou Maria da Luz Rosinha.A
nova versão do regimento da Assembleia da República, que entrou em
vigor a 01 de setembro, não fixou esses tempos - ao contrário do que
propunha inicialmente o PSD - e estabeleceu que o tempo de debate em
plenário e comissões será fixado pela conferência de líderes no início
de cada legislatura atendendo “à representatividade dos partidos”
(atualmente na maioria dos debates todos os grupos parlamentares dispõem
de três minutos).Maria da Luz Rosinha
referiu igualmente que houve uma reformulação da representação do PAN
nas comissões parlamentares, dado que o grupo parlamentar conta agora
com três deputados depois da saída da deputada Cristina Rodrigues na
sessão legislativa anterior.Assim, o
Pessoas-Animais-Natureza “deixou de ocupar a vice-presidência da
Comissão de Economia”, lugar ocupado agora pelo PCP, indicou a deputada,
apontando que o partido “deixou também de pretender à comissão de
inquérito sobre os incêndios”, tendo declinado a sua participação.“Falámos
também sobre a concessão das honras de Panteão Nacional a Aristides de
Sousa Mendes, que ainda não está finalizado, não está decidido em termos
finais, mas que será objeto de uma nova visita ao local para que tenha
toda a dignidade a decisão que vier a ser tomada”, disse Maria da Luz
Rosinha.Questionada sobre a data prevista,
a socialista explicou que “neste momento ainda não há” um dia definido,
mas indicou que na próxima reunião, agenda para quarta-feira, já haverá
“condições para decidir sobre isso”.Na
próxima reunião deverá também “ser marcada a data para as eleições dos
órgãos externos que estão em falta, e que ainda são alguns”, afirmou
também.Na sessão legislativa que agora
arranca, o parlamento tem de repetir as eleições para os Conselhos de
Fiscalização do Sistema de Informações da República (CFSIRP) e do
Sistema Integrado de Informação Criminal (CFSIIC), Conselho Superior de
Informações (CSI) e um membro do Conselho Superior de Defesa Nacional
(CSDN).Falhada a eleição a 10 de julho,
por os candidatos não terem recolhido os votos necessários (maioria de
dois terços dos deputados), o ato eleitoral terá de repetir-se a partir
de setembro, mas não há ainda datas.Luís
Patrão, candidato ao CFSIRP, e José Luís Carneiro, à CSDN, ambos
indicados pelo PS, e que falharam a eleição, retiraram as suas
candidaturas. O PSD optou por manter todos os seus candidatos aos quatro
órgãos, mas as eleições já não se realizaram nesta sessão legislativa.A eleição para este tipo de órgãos exige uma maioria de dois terços e um acordo entre os dois maiores partidos, PS e PSD.