Assembleia da Madeira adapta regimento a tempos excecionais
Covid-19
28 de abr. de 2020, 11:35
— Lusa/AO Online
Na votação final
global, que nesta sessão plenária teve a presença de 24 deputados, o
projeto de resolução foi aprovado pelos deputados do PSD e CDS, partidos
que fazem parte da coligação governamental, e teve os votos contra do
PS, JPP e PCP.Os partidos da oposição
alegaram que, nas votações de pé ou sentados e, mesmo em situações
excecionais, devem estar presentes os 47 deputados eleitos pela
população como forma de garantir a democracia.O
projeto de resolução surgiu na sequência desta crise provocada pela
pandemia de covid-19 e visa adaptar o parlamento "às novas realidades” e
torná-lo “capaz de responder às necessidades da população com
ferramentas mais adequadas e apropriadas aos novos desafios", adequando o
regimento da Assembleia Legislativa "às particularidades dos novos
tempos".O objetivo é que o "plenário possa
funcionar com uma configuração mais adequada aos constrangimentos
decretados, assim como as comissões especializadas possam também ser
formalmente realizadas através de meios eletrónicos", refere o projeto.Este
projeto de resolução determina ainda que a Assembleia Legislativa "só
poderá funcionar em reunião plenária, achando-se presente, pelo menos,
um terço do número de deputados em efetividades de funções" e que "os
votos expressos pelos deputados presentes serão contados como
representando o universo do respetivo grupo parlamentar".Indica
ainda que, "por iniciativa do presidente ou da maioria dos membros, as
reuniões de cada comissão podem ser realizadas eletronicamente com
recurso aos mecanismos tecnológicos que permitam a adequada análise,
discussão e deliberação dos assuntos em apreciação".O plenário agendou para 1 de maio uma conferência dos representantes dos partidos para marcar plenários.