As reinfeções pelo novo coronavírus são muito raras
Covid -19
25 de ago. de 2020, 14:25
— Lusa/AO Online
"De vez em quando, recebemos relatos
anedóticos de pessoas que fizeram o teste com resultado negativo e
depois positivo, mas não ficou claro até agora se isso é um problema com
o teste em si ou se houve pessoas que realmente foram infetadas pela
segunda vez", disse a porta-voz da OMS Margaret Harris. Contudo, em qualquer caso, as possíveis reinfecções mencionadas “representam um número muito, muito baixo”.“Estamos
perante um caso documentado entre mais de 23 milhões de casos
confirmados”, lembrou a porta-voz numa referência ao caso do homem de
Hong Kong que contraiu o vírus duas vezes.De acordo com Harris, outros podem surgir após o caso de Hong Kong, mas isso "não parece ser uma ocorrência comum".A
OMS recebe diariamente os resultados das milhares de investigações que
estão a ser realizadas no mundo sobre diferentes aspetos da pandemia de
covid-19, entre elas, a relacionada à imunidade que um doente gera após
ter superado a doença.“Precisamos de
entender o que isso significa em termos de imunidade e por isso há
muitos grupos que estão seguindo as pessoas, medindo seus anticorpos e
tentando perceber quanto tempo dura a proteção natural”, explicou a
porta-voz.Essa imunidade, adiantou, é
diferente da produzida pelas vacinas, que provocam um estímulo
imunológico muito preciso "mais potente e que dezenas de empresas
farmacêuticas e de biotecnologia estão a tentar recriar em seus
laboratórios para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus".A duração da imunidade gerada pela vacina só pode ser estabelecida após vários anos de monitoramento das pessoas imunizadas. A
pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 809 mil mortos e infetou
mais de 23,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um
balanço feito pela agência francesa AFP.Em
Portugal, morreram 1.801 pessoas das 55.720 confirmadas como infetadas,
de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.