“As artes marciais são escolas de formação e conhecimento”

9 de ago. de 2024, 10:27 — Mariana Lucas Furtado

O presidente da Associação de Aikido dos Açores (AAA), Mário Medeiros, faz um balanço muito positivo da “Semana do Japão” uma semana dedicada não só às artes marciais, mas também à cultura japonesa, que se assinalou com várias atividades entre os dias 29 de julho e 4 de agosto. Mário Medeiros espera também alargar a abrangência de iniciativas como esta em edições futuras. “O balanço é extremamente positivo, porque a ‘Semana do Japão’ pretendia criar situações em que, para além da prática marcial, existissem momentos lúdicos, de conversa e interação entre todos os que nos visitaram, que foram pessoas de vários lugares, inclusivamente estrangeiros”, explicou o responsável. As demonstrações de artes marciais como o Aikido, o Karaté, Judo, Iaido, Tenchi-Tessen e Kendo aconteceram na freguesia do Livramento, mas o programa social ao longo da  semana abrangeu vários pontos turísticos de interesse da ilha de São Miguel. Em declarações ao Açoriano Oriental, Mário Medeiros referiu tratar-se de um “evento inédito”.“Há um dia do Japão que costuma ser assinalado em Lisboa, onde são praticadas diversas artes marciais e  realizadas manifestações culturais e até comerciais por parte da embaixada em promoção da cultura japonesa. Mas uma semana é inédito. Nós combinámos um estágio de verão com um programa que tivesse a parte de formação, cultura e desporto”.Um dos pontos altos da “Semana do Japão” aconteceu no último dia, com uma demonstração de Kendo em que participou o próprio embaixador do Japão em Portugal, Ota Makoto, também ele praticante da modalidade. Para Mário Medeiros, iniciativas como esta, que comportam bastante trabalho logístico, têm também o objetivo de atrair mais atletas para a prática das artes marciais. “É uma forma de demonstrarmos que estamos presentes e que queremos atrair atletas novos. E novos não só em termos de idade. Há atletas mais idosos que também se podem iniciar na prática das artes marciais”, disse Mário Medeiros, sublinhando que “fica a ideia de que as artes marciais são escolas de formação muito importantes, na interação, na procura e no conhecimento. Penso que isso foi um objetivo totalmente cumprido”.