"Arquipélago tem de ser o motor de busca da arte contemporânea nos Açores"

A diretora regional da Cultura afirmou, na Ribeira Grande, que o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas deve ser “o motor de busca da arte contemporânea produzida” nos Açores.


Autor: AO Online/ GaCS

Susana Costa, que falava à margem da inauguração da mostra ‘Epicentro: Milagre’, com curadoria Tremor, salientou que, cinco anos depois da sua abertura ao público, o ‘Arquipélago’ já é “relevante para o setor cultural” da Região.

Para a diretora regional, neste período, “o principal esforço foi criar, de forma consolidada, uma estrutura nova capaz de potenciar as artes contemporâneas na ilha de S. Miguel e em articulação com outras geografias”, recordando que foi necessário “construir uma equipa, dinamizar um espaço, criar uma rotina artística”, o que exigiu “algum tempo para a obtenção de resultados”.

Por outro lado, salientou que, com o início de funções, a 6 de outubro, do novo diretor, João Mourão, o Centro de Artes Contemporâneas inicia um novo ciclo que “deve ser ambicioso” e assentar em três eixos distintos.

Um dos eixos deve ser a “paridade expressiva”, já que é “fundamental” continuar a diversificar o potencial artístico do ‘Arquipélago’, tornando-o num verdadeiro anfitrião de todas as artes por igual e dar mais palco a expressões artísticas que, por vezes, desempenham papéis secundários.

Outro eixo é de âmbito geográfico, devendo o ‘Arquipélago’ ser o “motor de busca da arte contemporânea produzida na Região, articulando-a com a geografia nacional e internacional”, disse Susana Costa, apontando a importância de estabelecer protocolos com as estruturas nacionais que se dedicam à arte contemporânea e, numa segunda etapa, reforçar os elos culturais com a diáspora e em redes internacionais.

Para a diretora regional, trata-se de “valorizar os artistas regionais e integrá-los em circuitos diferentes”, acrescentando, como terceiro eixo, a criação de novos públicos para a arte contemporânea.

Susana Costa elogiou o esforço levado a cabo pelos agentes culturais nos últimos meses e considerou ser “tempo de novos fôlegos”.