Autor: LUSA/AO Online
"Resta ainda uma longa especial no domingo (PEC22, 54,30 km, a mais longa do rali), pelo que convém ter cautelas", afirmou Loeb, no final da segunda etapa, na qual não conheceu quaisquer problemas mecânicos e venceu três das sete especiais do dia.
O finlandês Jari-Matti Latvala, que se afigura como o único rival de Loeb no campeonato - Hirvonen desempenha claramente um papel secundário ao mudar-se da Ford para a Citroen -, ainda tentou recuperar na segunda etapa e conseguiu mesmo ganhar algum tempo, antes de voltar a conhecer problemas, que o deixam no terceiro posto, a distantes 1.53 minutos do comandante.
Depois de ter ganho a primeira especial do dia, Latvala bateu numa pedra na segunda passagem pela mesma, tendo efetuado os últimos 25 quilómetros com um pneu furado.
"Foi numa viragem à esquerda e terei provavelmente utilizado uma trajetória diferente da que fiz na primeira passagem, mas bati forte e senti a roda esquerda da frente se deformar. Isto prova que a Michelin nos forneceu um super pneu", disse o piloto nórdico, que perdeu apenas 50 segundos com este azar, mas foi perentório em afirmar: "Podemos fazer uma cruz na vitória final".
Apesar deste contratempo, Latvala continuou a ser rápido e venceu ainda três especiais até ao fim da etapa: as 16.ª, 17.ª e 20.ª, terminando o dia no terceiro posto.
Quem ainda não entregou a vitória aos Citroen foi Malcolm Wilson, patrão da Ford, que lembrou uma prova anterior: "Em 2004, estávamos também em terceiro e quarto antes da última etapa e acabámos primeiro e segundo. Seria bom que a história se repetisse".
A segunda etapa possibilitou a Armindo Araújo e Miguel Ramalho subirem duas posições na classificação geral e continuar a manter intactos os objectivos traçados à partida.
Num dia muito duro e onde o público voltou a não ter um comportamento feliz, a dupla portuguesa resistiu a tudo, até mesmo a uma enorme pedra colocada no meio da estrada na derradeira especial da etapa, terminando no oitavo posto, sendo o único Mini nos 10 primeiros.
“Desportivamente estamos dentro dos objetivos que traçamos à partida de uma prova para a qual não realizámos qualquer teste. O carro tem melhorado de dia para dia, estamos a evolui-lo em alguns pontos de afinação e tivemos uma etapa quase tranquila. Na última especial da manhã cometemos um ligeiro erro e na derradeira classificativa do dia apanhámos um valente susto, quando vimos uma pedra enorme no meio da estrada. Não sabemos como conseguimos escapar ilesos, mas felizmente a sorte esteve do nosso lado. Não sei como é possível acontecer uma situação destas”, disse Armindo Araújo, à sua assessoria de imprensa.
Ao terminar o dia na oitava posição, Armindo Araújo não escondia a sua satisfação por estar quase a alcançar um dos objetivos e espera que na última etapa da prova tudo corra dentro do previsto.
“Traçámos como meta terminar dentro dos 10 primeiros da geral e amealhar mais alguns pontos para a classificação do campeonato. Estamos bem colocados para o conseguir e vamos amanhã (hoje) tentar manter esta posição. Faltam ainda quatro provas especiais e uma delas com mais de 50 quilómetros. A forma como temos gerido o ritmo nas especiais mostrou-se eficaz em termos de classificação e vamos manter a estratégia para o que ainda resta”, disse ainda Armindo Araújo.
Para o último dia do Rali do México, a dupla portuguesa tem pela frente quatro especiais de classificação, num total de 74,76 quilómetros cronometrados.