AR vai ter menos deputados no plenário já a partir de sexta-feira
Covid-19
18 de nov. de 2020, 13:07
— Lusa/AO Online
Este
órgão aprovou as conclusões do grupo de trabalho presidido pela deputada
do PS e vice-presidente do parlamento Edite Estrela, criado na semana
passada.“No que diz respeito às sessões
plenárias, podem decorrer com o quórum de funcionamento [um quinto dos
deputados] e com um máximo de presenças simultâneas de 46 deputados em
representação dos grupos parlamentares, a que se somam os dois deputados
únicos representantes de partidos e as duas deputadas não inscritas, 50
deputados na totalidade”, explicou Edite Estrela.Do
PS poderão estar presentes 21 deputados em plenário, do PSD 16, do BE
quatro, do PCP dois, enquanto CDS-PP, PAN e Verdes poderão ter no
plenário um parlamentar cada.Os restantes
participarão por videoconferência a partir dos respetivos gabinetes na
Assembleia da República, podendo fazer o registo a partir daí, de acordo
com um projeto de resolução que será aprovado na sexta-feira no início
da sessão plenária. Os deputados que
participem por videoconferência podem intervir na sessão plenária,
mediante inscrição prévia, e votar, sempre que o seu sentido de voto
seja diferente do da sua bancada.A exceção
está prevista para os deputados eleitos pelos círculos da emigração e
Regiões Autónomas, se tiverem dificuldades de voos, bem como para
aqueles a quem tenha sido determinado isolamento pela autoridade de
saúde, casos a quem será permitido participar por videoconferência nos
plenários fora das instalações da Assembleia da República. Edite
Estrela justificou a necessidade de adotar este tipo de medidas por
funcionar na Assembleia da República “uma comunidade complexa, vasta e
multifuncional”, composta por deputados, funcionários, jornalistas,
forças de segurança, membros do Governo, visitantes e prestadores de
serviços.“Tendo em conta a especificidade
do trabalho parlamentar, a Assembleia da República deve adotar de forma
exemplar as recomendações feitas para toda a população transmitindo uma
imagem de segurança e tranquilidade”, disse, justificando este conjunto
de medidas.Quanto ao número de sessões
plenárias semanais durante o estado de emergência (habitualmente são
três, mas entre março e maio reduziram-se a uma ou duas), será fixado
pela conferência de líderes depois de passado o período orçamental, que
termina com a votação final global do documento em 26 de novembro, com a
próxima reunião deste órgão marcada para dia 25.De
acordo com Edite Estrela, a maioria das comissões parlamentares
decorrerá por videoconferência, embora haja autonomia de cada comissão
para organizar os seus trabalhos.As
restantes atividades parlamentares continuarão muito restritas, só sendo
permitidas as audiências e reuniões presenciais promovidas por partidos
e deputados quando não se puderem realizar por videoconferência.“Esses
visitantes ficarão circunscritos às instalações de quem os convidou,
excluindo expressamente os espaços de restauração”, afirmou Edite
Estrela.Questionada sobre a intenção de a
Assembleia da República adotar em breve a realização de testes rápidos
para rastreio e diagnóstico a quem frequenta o parlamento, Edite Estrela
explicou que o grupo de trabalho “não se pronunciou” sobre esta matéria
por considerar que não estava em causa “uma apreciação política”.“Obviamente,
respeitamos os cientistas e autoridades competentes. O que é
recomendado pelas autoridades sanitárias será seguido”, disse.