AR aprova recomendações para grupo de trabalho sobre subsídio de mobilidade
21 de jun. de 2024, 16:18
— Lusa
Os projetos de resolução (sem força de lei) baixam agora à 6.ª comissão parlamentar para discussão na especialidade.O
projeto de resolução n.º 65/XVI/1.ª, da bancada social-democrata,
recebeu os votos favoráveis do PSD, PS, IL, PAN, BE, Livre e CDS-PP,
enquanto o Chega e o PCP se abstiveram.Já o
documento apresentado pelo PAN (n.º 156/XVI/1.ª) foi aprovado com os
votos favoráveis do BE, Livre, PS e PAN. Abstiveram-se as bancadas do
PCP, IL e Chega, tendo votado contra o PSD e o CDS-PP.O
plenário votou ainda o projeto de lei n.º 185/XVI/1.ª, da
responsabilidade do Bloco, visando a simplificação e prevenção de
eventuais fraudes na atribuição do subsídio social de mobilidade, tendo o
diploma sido rejeitado com os votos contra do PSD, PS, IL e CDS, apesar
dos votos a favor do BE, PCP, Livre e PAN, a par da abstenção do Chega.Em
28 de maio, o Governo anunciou que pretende rever o atual modelo de
subsídio social de mobilidade para as regiões autónomas, que tem levado a
várias fraudes, comprometendo-se a apresentar uma solução até 15 de
setembro.O anúncio foi feito pelo ministro
da Habitação e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que foi ouvido no
parlamento pela Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e
Habitação, a requerimento do PS.“Vai ser
criado um grupo de trabalho para analisar e rever o modelo de subsídio,
sempre dentro dos princípios de justiça social que levaram à sua
criação”, afirmou o governante.Em 11 de
junho, o parlamento dos Açores aprovou uma anteproposta de lei do Chega
para simplificar o subsídio social de mobilidade, visando que, no ato de
compra, os passageiros paguem apenas o valor fixado por lei.A
iniciativa, que foi alvo de propostas de alteração do PSD e do CDS-PP,
foi aprovada em votação final global no plenário da Assembleia
Legislativa, na Horta, com votos a favor do PSD (23), CDS-PP (dois) e
Chega (cinco), e as abstenções do PS (22) e dos deputados únicos de BE,
PAN e IL.A anteproposta de lei do Chega
advoga a “simplificação e a desburocratização do regime” do subsídio de
mobilidade, mantendo o valor máximo de 134 euros para as viagens entre
os Açores e o continente (ida e volta) e 119 euros entre as regiões
autónomas.Nos Açores, o subsídio social de
mobilidade permite aos residentes no arquipélago deslocarem-se para o
continente com uma tarifa aérea máxima de 134 euros. Porém, é necessário
adquirir inicialmente a passagem pelo preço de venda e só depois de
efetuada a viagem todo o valor acima desta meta de 134 euros é
ressarcido a título de reembolso pelo Estado. Para
os estudantes açorianos, o teto é de 99 euros, ou seja, o subsídio
corresponde à diferença entre o custo do bilhete e o máximo de 99 euros
por viagem de ida e volta.Na Madeira, foi
fixado para os residentes o valor de 86 euros nas ligações de ida e
volta para o território continental e de 119 euros para os Açores, valor
que pode aumentar se a viagem exceder o teto máximo de 400 euros. No
caso dos estudantes o preço é de 65 euros.A
generalidade dos residentes madeirenses tem de pagar a viagem às
companhias aéreas no ato de compra e só no fim pode ser reembolsada, de
forma a apenas ter como encargo o preço fixado. Os estudantes têm a
possibilidade de pagar apenas os 65 euros no ato de compra da passagem
se o fizerem numa agência de viagens.