Em sessão plenária
na Assembleia da República, os deputados aprovaram um projeto da autoria
do PSD que recorda que o advogado, político, historiador “e
autonomista” Álvaro Monjardino morreu no passado dia 16 de agosto, com
93 anos, em Angra do Heroísmo, onde residia.“Nascido
a 06 de outubro de 1930, desenvolveu ao longo da sua vida uma intensa
atividade nas áreas forense, política e da história. Licenciado em
Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, dedicou toda a sua vida
profissional à advocacia, com participação ativa na vida política e
cultural regional e nacional”, lê-se no texto.De
1973 a 1974, foi eleito deputado à Assembleia Nacional, pelas listas da
Ação Nacional Popular, “tendo sido um dos últimos elementos da chamada
Ala Liberal”.“Foi, contudo, com o 25 de
Abril de 1974, que a sua participação política se acelerou e se tornou
mais intensa, tendo integrado, como vogal, a primeira Junta Regional dos
Açores (1975/76). Na sequência das primeiras eleições democráticas
regionais, foi eleito deputado pelo PSD à Assembleia Legislativa dos
Açores, e posteriormente eleito como primeiro Presidente do Parlamento
Açoriano (1976-1984)”, é recordado no texto.A
iniciativa lembra que Monjardino se empenhou “profundamente na
construção da autonomia dos Açores, sendo justamente considerado um dos
seus pais fundadores”.Entre 1978 e 1979,
ocupou o cargo de ministro-adjunto do primeiro-Ministro do IV Governo
Constitucional, chefiado na altura por Carlos Mota Pinto.Os
deputados aprovaram também por unanimidade outro projeto de pesar pela
morte do antigo deputado comunista e membro do Comité Central Vicente
Merendas, que morreu no dia 28 de julho, com 76 anos.A
bancada do PCP recorda que Vicente Merendas era militante do partido
desde 1974, “com a profissão de serralheiro de tubos” tendo sido
operário da Lisnave e membro da Direção da União de Sindicatos de
Setúbal da CGTP-IN.Vicente Merendas foi
membro do Comité Central do PCP entre 1998 e 2008, eleito da CDU na
Assembleia Municipal de Almada e na Assembleia Municipal da Moita e
deputado à Assembleia da República nas VIII (1999/2002) e IX
Legislaturas (2002/2005).“Para além da sua
destacada intervenção enquanto dirigente do PCP, Vicente Merendas teve
também uma exemplar intervenção cívica, do que era exemplo a sua
participação nos órgãos sociais da Associação de Bombeiros Voluntários
do Barreiro - Corpo de Salvação Pública, onde exercia o cargo de
Presidente do Conselho Fiscal”, é acrescentado no texto.Os deputados aprovaram ainda outros votos de pesar,
nomeadamente pela morte de José Maria Amado, cônsul honorário em
Comodoro Rivadavia, na Argentina, apresentado pelo PSD.O
texto recorda que em 2005, José Maria Amado “foi condecorado com a
Comenda do Infante D. Henrique pelos importantes e valiosos serviços
prestados e pelo seu grande sentimento de Portugalidade e em 2009 foi
designado Cônsul Honorário, função que desempenhou com total dedicação
até o ano passado”.“O doutor Amado foi um
exemplo dos emigrantes portugueses que em busca de melhores
possibilidades deixaram Portugal só fisicamente, pois espiritualmente
continuaram unidos a Pátria que os viu nascer e lutam para manter vivas
as suas origens”, lê-se no texto.Foi
também aprovado por unanimidade um voto de pesar pela morte de José
Miguel Trigoso, Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, que
morreu no dia 19 de agosto, apresentado pelo CDS-PP.“Destacou-se
nacional e internacionalmente como uma referência na área da segurança
rodoviária, tendo dedicado a sua vida a esta causa e contribuído para a
preservação de milhares de vidas. Deixa um legado incomensurável no
combate à sinistralidade rodoviária”, lê-se no projeto.