AR aprova pesar pela morte de Álvaro Monjardino

20 de set. de 2024, 12:18 — Lusa/AO Online

Em sessão plenária na Assembleia da República, os deputados aprovaram um projeto da autoria do PSD que recorda que o advogado, político, historiador “e autonomista” Álvaro Monjardino morreu no passado dia 16 de agosto, com 93 anos, em Angra do Heroísmo, onde residia.“Nascido a 06 de outubro de 1930, desenvolveu ao longo da sua vida uma intensa atividade nas áreas forense, política e da história. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, dedicou toda a sua vida profissional à advocacia, com participação ativa na vida política e cultural regional e nacional”, lê-se no texto.De 1973 a 1974, foi eleito deputado à Assembleia Nacional, pelas listas da Ação Nacional Popular, “tendo sido um dos últimos elementos da chamada Ala Liberal”.“Foi, contudo, com o 25 de Abril de 1974, que a sua participação política se acelerou e se tornou mais intensa, tendo integrado, como vogal, a primeira Junta Regional dos Açores (1975/76). Na sequência das primeiras eleições democráticas regionais, foi eleito deputado pelo PSD à Assembleia Legislativa dos Açores, e posteriormente eleito como primeiro Presidente do Parlamento Açoriano (1976-1984)”, é recordado no texto.A iniciativa lembra que Monjardino se empenhou “profundamente na construção da autonomia dos Açores, sendo justamente considerado um dos seus pais fundadores”.Entre 1978 e 1979, ocupou o cargo de ministro-adjunto do primeiro-Ministro do IV Governo Constitucional, chefiado na altura por Carlos Mota Pinto.Os deputados aprovaram também por unanimidade outro projeto de pesar pela morte do antigo deputado comunista e membro do Comité Central Vicente Merendas, que morreu no dia 28 de julho, com 76 anos.A bancada do PCP recorda que Vicente Merendas era militante do partido desde 1974, “com a profissão de serralheiro de tubos” tendo sido operário da Lisnave e membro da Direção da União de Sindicatos de Setúbal da CGTP-IN.Vicente Merendas foi membro do Comité Central do PCP entre 1998 e 2008, eleito da CDU na Assembleia Municipal de Almada e na Assembleia Municipal da Moita e deputado à Assembleia da República nas VIII (1999/2002) e IX Legislaturas (2002/2005).“Para além da sua destacada intervenção enquanto dirigente do PCP, Vicente Merendas teve também uma exemplar intervenção cívica, do que era exemplo a sua participação nos órgãos sociais da Associação de Bombeiros Voluntários do Barreiro - Corpo de Salvação Pública, onde exercia o cargo de Presidente do Conselho Fiscal”, é acrescentado no texto.Os deputados aprovaram ainda outros votos de pesar, nomeadamente pela morte de José Maria Amado, cônsul honorário em Comodoro Rivadavia, na Argentina, apresentado pelo PSD.O texto recorda que em 2005, José Maria Amado “foi condecorado com a Comenda do Infante D. Henrique pelos importantes e valiosos serviços prestados e pelo seu grande sentimento de Portugalidade e em 2009 foi designado Cônsul Honorário, função que desempenhou com total dedicação até o ano passado”.“O doutor Amado foi um exemplo dos emigrantes portugueses que em busca de melhores possibilidades deixaram Portugal só fisicamente, pois espiritualmente continuaram unidos a Pátria que os viu nascer e lutam para manter vivas as suas origens”, lê-se no texto.Foi também aprovado por unanimidade um voto de pesar pela morte de José Miguel Trigoso, Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, que morreu no dia 19 de agosto, apresentado pelo CDS-PP.“Destacou-se nacional e internacionalmente como uma referência na área da segurança rodoviária, tendo dedicado a sua vida a esta causa e contribuído para a preservação de milhares de vidas. Deixa um legado incomensurável no combate à sinistralidade rodoviária”, lê-se no projeto.