Aprovado Plano Regional para a Inclusão Social e Cidadania dos Açores
27 de jun. de 2025, 14:03
— Lusa
Segundo o secretário
regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, que
fez a leitura do comunicado do Conselho do Governo, no Palácio da
Conceição, em Ponta Delgada, na reunião de quinta-feira o Governo
Regional, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, aprovou o
PRISC, que vai vigorar entre 2025-2028.Paulo
Estêvão referiu que o objetivo geral do PRISC é “diminuir a pobreza
monetária em 40% na Região Autónoma dos Açores de 2025 a 2028, com uma
redução anual de 10%”.O plano “é guiado
pelo primeiro objetivo de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas,
que estabelece como meta até 2030, ‘erradicar a pobreza extrema em
todos os lugares’, bem como pelo Plano de Ação sobre o Pilar Europeu dos
Direitos Sociais da Comissão Europeia, que tem como prioridade a
redução do número de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social,
de forma significativa, até 2030”.O PRISC
tem medidas “dirigidas diretamente às pessoas e agregados em situação ou
em risco de pobreza e exclusão social” e assenta “numa clara intenção
de olhar a pobreza de forma disruptiva, […] adotando novas medidas,
focadas no apoio aos que mais precisam, permitindo-lhes assumir
integralmente a sua cidadania e participação na sociedade, vivendo com a
merecida dignidade”.Segundo o governante,
o PRISC também visa “dar continuidade ao trabalho de resposta eficaz à
pobreza e à exclusão social desenvolvido pelos governos regionais da
coligação, reforçando a capacidade de resposta no âmbito das políticas
de combate à pobreza e exclusão social, prosseguindo com a melhoria de
condições de desenvolvimento económico e de promoção da inclusão social,
quebrando, assim, o ciclo de pobreza”.Assim,
“surge como um plano focado e com medidas dirigidas diretamente às
pessoas e agregados em situação ou em risco de pobreza e exclusão
social, numa perspetiva de assunção plena de direitos”, acrescentou.O PRISC tem cinco dimensões estratégicas: rendimento, educação e formação, trabalho, habitação e saúde.O
documento resultou de um processo de avaliação, iniciado em 2022, da
Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social 2018-2028
(ERCPES) da Região Autónoma dos Açores e terá incidência sobre o período
de 2025 a 2028.Foi elaborado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e, em janeiro, foi colocado em consulta pública,O
Conselho do Governo também aprovou a contratação das empreitadas de
construção das unidades de saúde da Maia e de São Roque e Livramento, na
ilha de São Miguel.A futura Unidade de
Saúde de São Roque e Livramento, no concelho de Ponta Delgada, terá um
custo base de 4,9 milhões e deve ser concluída em oito meses.“Este
novo polo aliviará a pressão sobre o Centro de Saúde de Ponta Delgada e
melhorará o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde”, segundo Paulo
Estêvão.Já a Unidade de Saúde da Maia, no
concelho da Ribeira Grande, que “substituirá as instalações atuais por
um ambiente moderno e funcional para utentes e profissionais”, tem um
custo base de 2,9 milhões de euros e um prazo de execução também de oito
meses.Entre outras decisões, o executivo
açoriano aprovou igualmente uma resolução que declara a utilidade
pública, com caráter de urgência, da expropriação da parcela de terreno
necessária à execução do Projeto de Expansão da Central Geotérmica do
Pico Vermelho, e as candidaturas de apoio à emergência climática, por
danos de fenómenos meteorológicos extremos ocorridos na freguesia de São
Roque (Ponta Delgada) e nas freguesias do Faial da Terra e Ribeira
Quente (Povoação).