Autor: Lusa/AO Online
Segundo a portaria
assinada pelo secretário regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, o Plano de Ação do Paleoparque de Santa Maria
“visa estabelecer as medidas de conservação, monitorização e de promoção
e comunicação das jazidas fósseis” da ilha de Santa Maria, localizada
no grupo Oriental do arquipélago.
Segundo o
documento, cabe ao departamento do executivo dos Açores com competência
em matéria de ambiente “o acompanhamento e a implementação das medidas
previstas no Plano de Ação do Paleoparque de Santa Maria, em articulação
com outros departamentos do Governo Regional sempre que se demonstre
pertinente”.
O plano entra em vigor na quinta-feira e terá uma revisão após os três anos em vigor.
De
acordo com o diploma, as jazidas fósseis da ilha receberam proteção e
regulamentação pela primeira vez com a publicação do Decreto Legislativo
Regional n.º 39/2012/A, de 19 de setembro, que alterou e republicou o
Decreto Legislativo Regional n.º 47/2008/A, de 07 de novembro, no qual
foi criado o Parque Natural de Ilha de Santa Maria.
“Não
obstante, reconhecendo a singularidade do património paleontológico da
ilha de Santa Maria, no contexto regional, bem como a pertinência de
regulamentar com rigor e detalhe o uso das jazidas fósseis da ilha de
Santa Maria através do Decreto Legislativo Regional n.º 11/2018/A de 28
de agosto, foi criado o Paleoparque de Santa Maria”, lê-se.
O
paleoparque tem como objetivo “a proteção e a manutenção da
paleobiodiversidade e a integridade dos valores geológicos e dos
recursos e valores naturais e culturais que lhe estão associados, por
via da preservação de elementos paleontológicos e geológicos notáveis,
bem como a divulgação desse rico espólio existente na ilha, onde se
inclui a maior jazida multiespecífica de fósseis a céu aberto do
Atlântico Norte, promovendo a diversificação da oferta de turismo de
natureza dos Açores”.
A classificação “teve
o reconhecimento da Associação Internacional de Paleontologia, no
âmbito da iniciativa mundial Paleoparques, em função da importância
científica do património paleontológico da ilha de Santa Maria”.
De
acordo com a legislação, o Paleoparque Santa Maria é dotado de um plano
de ação, aprovado por portaria do membro do Governo Regional com
competência em matéria de ambiente, ouvido o conselho consultivo, “pelo
que se pretende, agora, dar cumprimento ao normativo em causa”, é também
referido pela Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática dos
Açores.
No âmbito do processo, foram
ouvidos os membros do Conselho Consultivo do Paleoparque e o Conselho
Regional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável.