Aprovado diploma de políticas de juventude para a Região Autónoma dos Açores
13 de jul. de 2023, 05:39
— Lusa/AO Online
O documento foi aprovado
no segundo dia do plenário da Assembleia Regional, que decorre na Horta,
na ilha do Faial, com 20 votos a favor do PSD, três do CDS-PP, dois do
PPM, dois do BE, um do Chega, outro do IL, outro do PAN e do deputado
independente e com 24 abstenções do PS.Segundo
a secretária regional da Juventude, Qualificação Profissional e
Emprego, Maria João Carreiro, que apresentou o documento, o diploma que
enquadra as políticas de juventude da região está em vigor há 15 anos e
encontra-se “desatualizado nas suas disposições e desajustado da
realidade dos jovens e das suas associações representativas”.“Perante
este quadro, e considerando o novo compromisso da governação pública
regional com a juventude, bem como os contributos recolhidos no
exercício de uma governação aberta, dialogante e próxima dos jovens, o
Governo Regional propõe a esta Assembleia Legislativa a aprovação do
Decreto Legislativo Regional n.º 34/XII que define o novo regime de
políticas de juventude para a Região Autónoma dos Açores”, explicou.O
novo diploma “reflete um impulso ao associativismo juvenil” e reforça,
“não só os direitos dos jovens e das suas organizações, como também a
sua participação na definição, acompanhamento e avaliação das políticas
públicas de juventude”.Segundo Maria João Carreiro, a proposta “consubstancia o compromisso com os jovens e com as suas associações”.Na
discussão do diploma, a deputada do CDS-PP Catarina Cabeceiras
considerou-o “uma boa medida” do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) pois
“reforça os direitos dos jovens e das entidades que trabalham com e para
os jovens”.Por seu lado, o socialista Vilson Gomes considerou que de inovador “não traz quase nada” e é "extremamente vago” nas respostas.O
deputado disse que esta proposta apresenta uma tentativa de “manipular”
as decisões do Conselho Regional de Juventude por prever a criação de
uma Federação da Juventude dos Açores, regulamentada pelo Governo.Também a socialista Célia Pereira considerou a proposta genérica e “demasiado vaga”.Por
sua vez Flávio Soares (PSD) disse que Vilson Gomes “ou anda
completamente distraído” em relação às políticas de juventude ou “não
leu o diploma nem os pareceres que foram recebidos pela comissão de
assuntos sociais”.Também acusou o PS de apresentar “uma mão cheia de críticas e outra mão vazia de propostas”.Pelo
Chega, José Pacheco referiu que os jovens têm de ser ouvidos sobre as
diferentes políticas que lhes dizem respeito e à região onde vivem: “Os
jovens não precisam que o Governo lhes diga o que têm de fazer. O
Governo é que tem de ir ter com os jovens e perguntar o que eles querem
que se faça”.Para Gustavo Alves (PPM), o diploma “dá maior amplitude na participação do Conselho de Juventude”.Paulo
Estêvão, também do PPM, disse que a proposta do Governo “é mais
abrangente” e permite que os jovens tenham uma posição mais alargada na
sociedade.Por seu lado, a bloquista
Alexandra Manes referiu que o texto apresenta algumas alterações em
relação ao documento em vigor, mas observou que o Fórum de Juventude
“parece que será uma espécie de antecâmara do Conselho Regional de
Juventude”.O diploma “para além de ser um
documento poucochinho, ainda é um documento tardio”, considerou o
independente Carlos Furtado, que esperava que fossem abordadas, por
exemplo, estratégias para a habitação jovem.José Luís Parreira (IL) alertou que a literacia financeira “não pode ser esquecida” nos temas da juventude.Em
votação final global, o diploma com o Regime de Políticas de Juventude
para a Região Autónoma dos Açores acabou por ser aprovado por
unanimidade.