Apresentar 'start up' ou fazer contactos na cimeira da inovação
Web Summit
4 de nov. de 2019, 16:50
— Lusa/AO online
Leonardo está pela
primeira vez em Lisboa e à reportagem da Lusa o jovem brasileiro explica
ter vindo para assistir às várias conferências e saber o que “o mundo
está a trazer em novidades em termos de tecnologia e inovação”.“É
uma experiencia única, estão aqui vários povos reunidos todos a pensar
como fazer a transformação digital no continente, no mundo. Uma
oportunidade para todos”, salientou o jovem, que trabalha com comércio
eletrónico, referindo que esta é também “uma oportunidade muito grande
de ‘networking’”.A três horas da abertura
das ‘portas’ no Meo Arena (16:00), no Parque das Nações, Powell, que vem
da Polónia, explica que participa sobretudo para “fazer ‘networking’”,
acrescentando que é “uma inspiração” participar no evento.“Há
muitos participantes interessantes. Venho aprender. Quero muito ouvir a
palestra de Tony Blair [antigo primeiro-ministro do Reino Unido]”,
frisa.No aeroporto, logo depois de chegar,
a maioria dos participantes sai em direção à tenda onde decorrem as
acreditações. Alguns são encaminhados pelos diversos jovens voluntários
presentes que os recebem com um sorriso e pequenas explicações.Eva
chegou esta manhã do Chipre e explica à Lusa que todo o processo de
acreditação foi “muito fácil”, tal como perceber os transportes: “Correu
tudo bem, estava tudo muito bem organizado”.A
jovem vem pela primeira vez à Web Summit, em representação da empresa
Nanometrisis, que tem um expositor na feira tecnológica onde vai dar a
conhecer os seus serviços e de onde espera levar clientes.“Somos
uma empresa muito especializada. Fornecemos software e serviços de
consultoria de caracterização da morfologia da nanoestrutura e
topografia de superfícies”, explicou.Há
três anos que Tomas, da Lituânia, esperava participar na Web Summit, mas
“ou não tinha tempo, ou não tinha dinheiro”. Este ano deu para fazer o
grande investimento e participar no evento na capital portuguesa.Com
ele vieram mais três colegas, igualmente engenheiros e que esperam
“conhecer pessoas, partilhar ideias e fazer contactos” com aqueles que
tenham os mesmos interesses que os seus: inteligência artificial.Claudina
e Amarildo chegaram do Brasil e resolveram apostar na Web Summit para
dar a conhecer o seu produto de desenvolvimento de aplicações,
nomeadamente um sistema de controlo de lojas de animais que engloba
lojista, serviço, clínica.“O nosso
objetivo é mostrar isso, dar visibilidade para a Europa e para a ter no
próprio Brasil”, explicou Claudina, adiantando tratar-se de um
“investimento grande, mas que vale a pena pela exposição e
visibilidade”.“Isto aqui é o mundo, não é só Portugal ou Brasil”, afiança.Nas
principais ruas do Parque das Nações, junto ao Meo Arena, é visível a
presença da polícia, havendo mesmo cortes de trânsito em algumas das
artérias através de barreiras de picos.Ao
início da tarde são já muitos os participantes da Web Summit que se
deslocam ao local, a maioria dos quais chega ao pavilhão a pé, mas
alguns há que se deslocam através de trotinetas e mesmo bicicletas.A
cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em
Lisboa até 2028, depois de, em novembro do ano passado, ter ficado
decidida a permanência da conferência em Portugal por mais 10 anos, após
uma candidatura com sucesso da cidade de Lisboa.A Web Summit, que é considerada uma das maiores cimeiras tecnológicas, realiza-se em Lisboa entre hoje e 07 de novembro.