Apresentado projeto para novo miradouro na Lagoa do Fogo
25 de nov. de 2019, 09:52
— Rui Jorge Cabral
A requalificação do Miradouro da Lagoa do Fogo vai permitir gerir melhor
a presença dos visitantes e controlar o acesso às cumeeiras e ao
trilho. Citada pelo GACS, a secretária regional da Energia, Ambiente
e Turismo, Marta Guerreiro, que falava durante a apresentação do
projeto, afirmou ainda que se pretende com esta requalificação acabar
com os constrangimentos atualmente existentes com a paragem de viaturas
na estrada.O principal objetivo desta requalificação é “harmonizar a
presença dos visitantes com a preservação desta reserva natural e,
simultaneamente, proporcionar uma experiência singular de visitação a
uma das mais belas paisagens da ilha de São Miguel”, afirmou Marta
Guerreiro. O projeto prevê também a criação de um edifício de apoio aos
visitantes e de um novo miradouro em substituição do atual, situado na
berma da estrada regional.E conforme explicou Marta Guerreiro,
“prevê-se a criação de um novo ponto de acesso ao miradouro, que passará
a localizar-se no interior da caldeira, através da construção de um
túnel, desenhado para que tenha um impacto visual praticamente nulo”.Segundo
Marta Guerreiro, “pretende-se proporcionar ao visitante um trajeto
pedonal mais sensorial e mais orgânico, no momento em que se atinge o
novo miradouro, projetado no final do túnel”. O projeto prevê também a
requalificação da antiga curva da estrada, “sendo que toda a estrutura
da zona de apoio ficará enterrada na cumeeira”, realçou Marta Guerreiro.É
ainda intenção do Governo dotar o interior do edifício com um conjunto
de valências, como um posto de acolhimento, uma zona de apresentações,
instalações sanitárias e uma área técnica para a instalação de
equipamentos necessários à manutenção do espaço e do percurso de acesso à
caldeira. Marta Guerreiro referiu que se trata de uma intervenção
“respeitadora”, desenhada com base na “topografia da encosta” e com uma
extensão de cerca de 100 metros, terminando no ponto de acesso ao trilho
de descida à lagoa, com predominância para o uso de materiais pouco
impactantes.O próprio edifício tem também o objetivo de disciplinar a
entrada no trilho da Lagoa do Fogo, que se passa a fazer unicamente
através desta zona, permitindo assim uma monitorização dos acessos mais
eficaz e “com condições para a implementação de limites de carga”,
concluiu.