Prisão preventiva para detido no aeroporto de Ponta Delgada com 27 mil doses de droga
12 de ago. de 2022, 10:52
— Lusa/AO Online
De acordo com o Comando Regional da PSP dos
Açores, o suspeito, de 51 anos, chegou ao Aeroporto João Paulo II, em
Ponta Delgada, ilha de São Miguel, num voo proveniente do continente.Após
a interceção do suspeito, e no decurso de várias diligências dos
investigadores da Brigada Anticrime da PSP, apoiados por peritos da
polícia técnica forense do Núcleo de Investigação Criminal da PSP, "foi
possível detetar e apreender uma das mais importantes e significativas
quantidades de droga em território açoriano efetuadas nos últimos anos",
informa a polícia, em comunicado.Segundo a
PSP, foram apreendidos mais de 12,5 quilos de haxixe e aproximadamente
400 gramas de cocaína, droga esta que seria suficiente para a preparação
de mais de 27 000 doses individuais para consumo.A
operação foi "realizada em estreita articulação com binómios
cinotécnicos da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia do
Comando Regional dos Açores", acrescenta a PSP.Os
investigadores sublinham que a detenção deste arguido "assume
particular relevância", já que, nesta fase da investigação, os elementos
apontam que a droga apreendida teria "como destino final a ilha de São
Miguel".Tendo em conta "a significativa
quantidade e, simultaneamente, diferentes tipologias de estupefaciente
apreendido", os investigadores da PSP não descartam a possibilidade de
que as substâncias se destinavam "a alimentar diferentes circuitos de
tráfico e consumo de droga montados na ilha de São Miguel". O
arguido, que está "fortemente indiciado da prática do crime de tráfico
de estupefacientes", foi sujeito a primeiro interrogatório no Tribunal
de Ponta Delgada, que determinou a medida de coação mais gravosa,
nomeadamente a prisão preventiva.O Comando
Regional da PSP sublinha "a relevância da detenção do arguido" e "a
avultada apreensão efetuada sobretudo por espelhar a dimensão das
quantidades de estupefaciente que continuam a ser, sistematicamente,
injetadas na região", o que "poderá ser impulsionado pelo número, ainda,
bastante expressivo de consumidores destas substâncias nas várias ilhas
açorianas".