Apoios às empresas "disparam" no 1.º trimestre para 1.182 ME
OE2021
26 de abr. de 2021, 11:59
— Lusa/AO Online
Segundo
dados divulgados à Lusa por fonte oficial do Ministério das
Finanças, em antecipação à síntese de execução orçamental, que será
publicada esta tarde, "este valor corresponde a 84% da verba executada
em todo o ano de 2020, um aumento de cerca de 150% face à média mensal
de 2020".Entre os apoios às empresas, as
Finanças destacam as medidas de apoios a custos fixos das empresas no
âmbito do programa Apoiar, que têm uma execução de 533 milhões de euros
no primeiro trimestre e já mais do que triplicaram em 2021 face ao valor
de todo o ano de 2020. As medidas de
apoio aos custos do trabalho (sobretudo o ‘layoff’ e o apoio à retoma
progressiva) somaram quase 650 milhões de euros entre janeiro e março
(contra 143 milhões de euros em 2020), refere. A
Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulga hoje a execução orçamental até
março, tendo as Finanças já dado conta de aumento na despesa na Saúde e
a superação do teto das despesas covid-19 na Segurança Social.Na
quarta-feira, fonte oficial do Ministério das Finanças adiantou à Lusa
que a despesa com medidas extraordinárias da Segurança Social
decorrentes da pandemia somou 804,9 milhões de euros no primeiro
trimestre, representando 42% da despesa de todo o ano 2020 e superando o
total orçamentado para 2021.O total de
804,9 milhões de euros em medidas extraordinárias da Segurança Social
até março inclui ainda apoios na ordem dos 147,4 milhões de euros em
outras prestações sociais, designadamente o apoio excecional à família
(33,8 milhões de euros), subsídio de doença covid (48,3 milhões),
prestações por doenças profissionais (2,7 milhões), isolamento
profilático (51,6 milhões) e subsídios de assistência a filho e a neto
(10,8 milhões).Para todo o ano em curso, o
valor orçamentado pelo Governo para despesa com medidas extraordinárias
da Segurança Social no âmbito da pandemia era de 776 milhões de euros.Já
na sexta-feira, fonte do ministério liderado por João Leão revelou que a
despesa total do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cresceu 5,9%, no
primeiro trimestre do ano (160,2 milhões de euros), face a 2020,
atingindo os 2.883,8 milhões de euros.A
despesa do SNS com pessoal de saúde "disparou" 10,4% nos três primeiros
meses do ano (mais 119,6 milhões de euros), com um crescimento homólogo
de 8% do número de profissionais ao serviço (mais 10.829 trabalhadores).
Entre o número de novos trabalhadores
contratados pelo SNS, as Finanças destacam a subida do número de
enfermeiros, com mais 7,5% de trabalhadores ao serviço (3.428
trabalhadores), e dos assistentes operacionais, com mais 14,5% (3.927
trabalhadores).A despesa com aquisição de
bens e serviços cresceu, por sua vez, 3,8%, o equivalente a 55,7 milhões
de euros, de acordo com a fonte. Ambos os
dados foram revelados em antecipação à síntese da DGO a ser divulgada
hoje, contando ainda com um comunicado da parte das Finanças a dar conta
do saldo orçamental na ótica de caixa (contabilidade pública).Até
fevereiro, o saldo orçamental das administrações públicas em Portugal
foi negativo em 1.153 milhões de euros, um agravamento de 2.504 milhões
face ao mesmo período do ano passado, divulgou o Ministério das Finanças
no mês passado.